Imagine você ser preso, julgado e inocentado, mas mesmo assim, ainda permanecer por 7 anos, 2 meses e 24 dias no presídio por causa de um erro no processo? Poderia ser um filme, mas é a história real da vida de Eridan Constantino e aconteceu em João Pessoa. Ele deixou a Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB 1, na manhã da sexta-feira (31), após conseguir um novo alvará de soltura.
Em 2011, um homem foi preso, acusado de ter cometido um latrocínio no bairro José Américo. Na ocasião, a vítima teve o celular roubado, foi esfaqueado e morreu. No momento da prisão, o homem afirmou que Eridan havia participado do crime. Ambos foram presos e condenados a aproximadamente 20 anos de prisão. Porém, a Polícia não conseguiu provar a participação de Eridan e desde 7 de maio de 2013, a Justiça voltou atrás e decidiu pela sua libertação, já que não foram encontradas provas concretas. A sua prisão ocorreu exclusivamente por causa da delação do primeiro homem preso.
Mas, um detalhe fez com que Eridan permanecesse durante todos esses anos no presídio, mesmo sendo considerado inocente. O documento com o conteúdo do julgamento, e a sua absolvição, não foi encaminhado à Vara das Execuções Penais.
A Defensoria Pública da Paraíba entrou com o pedido de soltura, que foi aceito pela Justiça, por causa da fragilidade na prova do crime.
Na foto ele aparece abraçado com a mãe que o esperava na saída da penitenciária.
A defesa de Eridan afirmou que pretende entrar com uma ação pedindo indenização. Os advogados também acreditam que o erro aconteceu por uma falta de comunicação entre as varas e o Tribunal de Justiça da Paraíba.
Fonte: Jornal da Paraíba
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