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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Mesmo vendo neto mancar, avó não confiou na versão de Henry

Mãe de Monique Medeiros omitiu à polícia relatos feitos pela babá da criança a ela e o fato de ter visto a criança mancando em sua casa.

As novas declarações da babá de Henry Borel, Thayná Ferreira, à Polícia Civil do Rio de Janeiro, mostram que não foi apenas ela quem omitiu ou mentiu a respeito de ter conhecimento das agressões sofridas pela criança de apenas 4 anos. Nos novos relatos, os agentes tomaram conhecimento de que a avó do menino, Rosângela Medeiros, de 62 anos, também sabia do fato.

Segundo reportagem publicada pela revista Veja nesta quarta-feira (14), Rosângela presenciou uma ocasião, no dia 13 de fevereiro, em que a criança mancava da perna esquerda e reclamava de dores na cabeça e no joelho. Enquanto pessoas da família questionavam o motivo para tal comportamento, a avó chegou a adverti-lo em público: “Para de bobeira, Henry! Anda direito!”, disse ela.

– Nunca vou me esquecer dele entrando em casa daquele jeito e dizendo que o joelho doía – disse uma pessoa do círculo familiar da criança, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

Na semana seguinte, logo após o Carnaval, a babá Thayná de Oliveira Ferreira acompanhou o garoto em uma nova visita à casa de Rosângela. Ali, a cuidadora relatou à avó o real motivo por que o menino estava machucado, conforme afirmou em seu novo depoimento prestado à polícia na segunda-feira (12).

Entretanto, segundo Thayná, apesar de ter ficado assustada, Rosângela levantou a possibilidade de o menino estar mentindo, o que foi prontamente refutado pela babá. Ela reafirmou que Henry mancava, tinha dor na cabeça e apresentava uma mancha roxa no corpo após a sessão de espancamento.

A funcionária contou ainda que não insistiu muito no assunto com receio de que Monique achasse que estava fazendo “fofoca” para a mãe dela. Ao apresentar-se à polícia, em 24 de março, a mãe de Monique afirmou que o neto parecia feliz com o novo apartamento, para o qual ele e a mãe foram morar com Dr. Jairinho e disse que Henry “nunca chegou à sua casa machucado”.

O pai de Henry, Leniel Borel, confirma que Rosângela tinha plena consciência de que o neto estava sendo machucado por Dr. Jairinho. Ele conta que, na quarta-feira anterior à morte do filho, ao lado da avó e da babá, o menino ligou para ele e reclamou de novo de agressões que sofria por parte do namorado da mãe. “Tio Jairinho está me machucando”, disse a criança em voz alta.

Leniel conta que chamou a atenção da avó para esse fato e que ela novamente ignorou. O engenheiro disse que também conversou com Monique e, de novo, a ex-mulher rebateu dizendo que era invenção da criança e reflexo da separação dos dois.

O fato de a avó ter sido omissa diante do crime bárbaro contra o seu único neto motivou a revolta não apenas de Leniel e de alguns parentes próximos, mas, segundo pessoas ligadas à família, traficantes da Vila Kennedy, bairro carente da Zona Oeste do Rio, passaram a ameaçar Rosângela caso ela volte a trabalhar no Ciep 244 Tarso de Castro, que fica dentro daquela comunidade.

Até agora, a avó de Henry não foi convocada para um novo depoimento. Procurada pela Veja na terça-feira (13), Rosângela se recusou a falar. A avó de Henry chegou a abrir uma portinhola da fachada da casa e fechou em seguida, sem nada dizer. As últimas declarações sobre o caso mostram, no entanto, que ela sabe bem mais do que já declarou.

(Pleno News)

2 comentários:

Não só os assassinos da criança tem culpa, o pai também tem, a avó também tem, a criança reclamava com o pai e tudo q ele fazia era reclamar com a mãe ou com a avó, se ele tivesse dado parte na polícia, com certeza os assassinos ficariam com receio de mais espancamentos, todos tem culpa neste caso.

Duas cobras, polícia nelas.

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