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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Paróquia de Fátima tem dificuldade de manter o cemitério Santa Marta

Com 1.337 espaços incluindo túmulos e covas, a arrecadação da contribuição criada pela Paróquia de Fátima para a manutenção do cemitério, é inferior a 30%.

O cemitério Santa Marta, localizado no grande Sinhá Saboia, fundado em 1964, pelo padre Oswaldo Chaves, então capelão da igreja São Pedro, no bairro Dom Expedito, é o único cemitério público que não é administrado pela Prefeitura. Por ter ficado aos cuidados da capela São Pedro, o cemitério desde sua fundação é de responsabilidade da Diocese de Sobral.

Atualmente o Santa Marta está aos cuidados da Paróquia de Fátima que tem enfrentado dificuldades financeiras para mantê-lo. Em 2009 o local passou por um dos seus maiores problemas que foi a falta de espaço para abrir novas covas. Na época o jornal “O Bairro” do Sinhá Saboia noticiou o problema na edição nº 3 do periódico quando sensibilizou o então prefeito Leônidas Cristino que ampliou o cemitério e prometeu iluminar e fazer uma praça, que até hoje não saiu do papel.

Com 1.337 espaços incluindo túmulos e covas, o Santa Marta se mantém com a contribuição da comunidade que paga R$ 15,00 mensais. A arrecadação, segundo o padre Aristides de Oliveira, pároco da Paróquia de Fátima, oscila entre R$ 2.800 a 3.900, para pagar o coveiro e outros encargos tributários. A taxa de contribuição foi criada em 2010 depois da ampliação do cemitério, na gestão do padre Eudes Cruz, como uma forma de assegurar uma verba para a manutenção do espaço. Atualmente, de acordo com Bruno Freire, secretário Paroquial, da Paróquia de Fátima, do total de túmulos e covas ocupadas no cemitério, o número de contribuinte é inferior a 30%.

Com muros baixos, sem proteção e vigia o cemitério já foi várias vezes alvo de vandalismo, furtos e, inclusive, de vilipêndio a cadáver como aconteceu em abril de 2015 e março de 2020, quando indivíduos invadiram a unidade, violaram os túmulos e extraíram os corpos.

História

O Padre Oswaldo Chaves, recebeu o terreno para a construção do cemitério doado por Evangelina Saboia, filha da Sinhá Saboia, dona da maioria das terras da margem direita do Rio Acaraú. O sacerdote lutava por um espaço para que as famílias do Dom Expedito e Sinhá Saboia pudessem sepultar seus entes queridos, pois em 1964, os sepultamentos eram realizados no cemitério São Francisco, no bairro do Junco, cerca de 3,5km do bairro Dom Expedito.

O sacerdote era testemunha da dificuldade que as pessoas tinham de realizar enterro durante o inverno no cemitério São Francisco devido a distância e a lama no percurso. Ao saber da disponibilidade do terreno para a construção do cemitério a comunidade já começou a sepultar crianças no local.

Diante da situação o capelão da Igreja São Pedro organizou um mutirão com a comunidade e ajuda de empresários da época. A data escolhida por padre Oswaldo Chaves, para a fundação do cemitério, foi o dia 29 de julho, dia de Santa Marta, autora da frase bíblica: “eu sei que ele ressuscitará na ressurreição do último dia”, (João 14,24), quando Jesus ressuscitou seu irmão Lázaro.

Por Edwalcyr Santos / Sistema Paraíso

1 comentários:

Eu moro de aluguel há 10 anos e nem por isso estou chorando. Ninguém nunca chegou aqui e me ofereceu um mísero terreno . E vocês vão se preocupar com os mortos . Tem que se preocupar primeiro com quem tá vivo!!!

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