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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Quatro policiais são condenados a 275 anos de prisão cada pela chacina de 11 pessoas no Ceará

Após cinco dias de julgamento, a Justiça do Ceará condenou quatro policiais militares réus por participação nos crimes da Chacina do Curió, que resultaram na morte de 11 pessoas, em novembro de 2015. As penas somadas chegam a 1.103 anos e oito meses.

Foram julgados nesta primeira etapa: Marcus Vinícius Sousa da Costa, Filho, Wellington Veras Chagas, Ideraldo Amâncio e Antônio José de Abreu Vidal. Os três primeiros foram encaminhados a presídio militar, enquanto o último teve nome encaminhado para a lista vermelha da Interpol. A sentença começou a ser cumprida a partir deste domingo (25), e os condenados podem entrar com recurso.

O julgamento, o maior da história do Estado com mais de 60 horas de processo, foi realizado no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, desde a terça-feira (20). As penas foram estipuladas pelo Colegiado de juízes após decisão tomada pelo júri na madrugada deste domingo (25). Com a sentença, os quatro réus perderam o cargo de policial militar e tiveram negado o direito de responder pelas penas em liberdade. Para os quatro agentes condenados, a prisão é provisória com audiência de custódia a ser agendada.

Ao todo, 11 pessoas foram assassinadas por policiais militares entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015. De acordo com o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto, no Bairro Lagoa Redonda.

O primeiro júri estreou a série de julgamentos do caso que reúne, ao todo, 30 réus. Outros 16 acusados estão previstos para irem a julgamento em duas outras sessões: a segunda etapa será no dia 29 de agosto e a terceira está marcada para 12 de setembro. Serão oito réus para cada uma das etapas.

De acordo com a Justiça cearense, enquanto o restante dos acusados se tornarem aptos a irem a julgamento, novas datas serão designadas para que o corpo de jurados decida se eles são culpados ou inocentes pelos crimes.

(G1)

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