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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Barraca na Praia do Futuro tem estrutura demolida após decisão judicial

Uma parte de uma barraca, construída em área não permitida da faixa de areia da Praia do Futuro, em Fortaleza, foi demolida na manhã desta quarta-feira, 31. Mesas, cadeiras e demais estruturas da barraca Orla Praia Club foram retiradas a partir das 9h20min por agentes da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), com apoio da Polícia Federal.

A Justiça determinou a demolição atendendo a uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF). Em novembro passado, a retirada da estrutura de alvenaria que estava na faixa de areia já havia sido recomendada pelo MPF aos proprietários e não foi atendida.

De acordo com o superintendente da SPU, Fábio Galvão, o avanço na faixa de areia pelo empreendimento foi de 1.714 m³. "Foi feito um acordo com todos os barraqueiros e associações que, em um certo período até hoje, para não fazerem avanço, mas alguns fizeram construções descumprindo esse prazo", disse.

O acordo foi feito em 2022 no MPF, juntamente com Fórum Permanente para a Requalificação da Praia do Futuro e demais associações, com objetivo de reurbanizar a Praia do Futuro. O documento apontava regras gerais para requalificação do local, sendo determinado que não houvesse avanços.

O superintendente ainda informou que há uma determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) que busca a retirada de barracas que não têm autorização para ocupar faixa de praia e o redimensionamento daquelas que construíram fora das dimensões liberadas pela SPU.

O Fórum vem buscando uma solução para esse cenário. Em 2019, integrantes do grupo aprovaram um termo de referência a ser encaminhado ao município de Fortaleza para a preparação do edital de concurso de ideias para o cenário.

Em nota ao O POVO, o MPF informou que foi instaurado um procedimento administrativo para acompanhar o cumprimento de decisão judicial proferida na ação das barracas da Praia do Futuro.

Na barraca Orla Praia Club, ela começou a ser investigada neste procedimento por causa de um vídeo que estava circulando, que mostrava a cobrança de ingresso para acesso à praia.

De acordo com o MPF, a fiscalização do Patrimônio da União constatou que eles vinham ampliando suas instalações além dos limites definidos no título de outorga, descumprindo assim a decisão judicial que proibia as ampliações.

Ainda segundo o órgão, os procuradores da República Alexandre Meireles e Alessander Sales fizeram uma reunião com os representantes da Barraca em novembro, concedendo prazo de 30 dias para que regularizassem a situação espontaneamente. Recentemente a SPU foi lá e constatou que a situação continuava a mesma, o que motivou a demolição da estrutura da barraca nesa manhã.

O POVO procurou os proprietários da barraca no local, mas eles não quiseram se manifestar.

Com informações dos repórteres Luciano Cesário e Mirla Nobre

O POVO

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