Durante um discurso na Base de Quantico, na Virgínia, na última terça-feira (30 de setembro), o presidente Donald Trump, ao lado do Secretário de Defesa Pete Hegseth, anunciou medidas polêmicas para reformar as forças armadas americanas. Entre as propostas, destacam-se a exigência de padrões físicos mais rigorosos, com críticas diretas a “generais gordos”, e a sugestão de usar cidades americanas consideradas “perigosas” como campos de treinamento militar.
Hegseth, em sua fala, defendeu a implementação de testes físicos duplos por ano, afirmando que “soldados acima do peso são inaceitáveis” e que padrões elevados podem excluir mulheres de funções de combate, se necessário. “Se você não aguenta, é o que é”, declarou, em tom que gerou críticas por desrespeitar a diversidade de gênero e corpo no exército. A retórica foi reforçada por Trump, que elogiou o recrutamento recorde da Marinha, Força Aérea e Força Espacial, mas insistiu em maior disciplina física.
Mais controverso foi o plano de Trump de treinar tropas em cidades como Chicago, Baltimore, Atlanta e Nova York, que ele descreveu como “perigosas” devido à alta criminalidade. “Eu disse a Pete que deveríamos usar essas cidades como campos de treinamento para nosso exército — Guarda Nacional, mas militar — porque vamos entrar em Chicago em breve”, afirmou, citando o governador de Illinois como “incompetente”.
A proposta foi recebida com indignação por prefeitos democratas, como Brandon Johnson, de Chicago, que a classificou como uma “ameaça à democracia”. Processos já foram abertos contra o governo por “uso inconstitucional” de forças armadas contra civis. No X, a reação foi polarizada: apoiadores de Trump celebraram a “linha dura” contra o crime, enquanto críticos, incluindo veteranos, chamaram a ideia de “insana” e alertaram para o risco de repressão doméstica.
CM7
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