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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Saúde: atendimento de suspeita de ebola em São Paulo foi feito no susto

Diretor do Emílio Ribas afirma que só foi avisado que paciente com suspeita de ebola chegaria ao hospital quando ambulância já estava a caminho; doença exige plano de atendimento

A suspeita de que um passageiro africano estivesse com ebola gerou um verdadeiro corre-corre no hospital Emílio Ribas, em São Paulo, no início do mês. O hospital, que é referência para o tratamento de doenças infectocontagiosas no Brasil, foi avisado da chegada do paciente quando o doente já estava a caminho do hospital.

“A ambulância precisa avisar o hospital que está chegando com um suspeito. Na sexta-feira recebemos a ligação em que perguntaram ‘já chegou?’. Como assim já chegou? Está chegando o que?” conta Luiz Carlos Pereira Júnior, diretor do Emílio Ribas.
Reuters / Trabalhador de saúde liberiano usa equipamentos de proteção individual

De acordo com Pereira Júnior, após esta ligação ocorreu uma "correria" no hospital para que tudo estivesse pronto para receber o paciente. “É preciso evitar o pânico”, disse ele durante o simpósio Infectologia em Evidencia do hospital Emílio Ribas, realizado neste sábado.

De acordo com o infectologista, a instituição tem um plano de atendimento e macacões especiais. Ele também afirmou que o hospital iria começar a manter uma sala com pressão negativa para eventuais novas suspeitas. A pressão negativa impede que o vírus saia de determinado ambiente.

No dia em que o paciente com a suspeita de ebola chegou ao Emílio Ribas, a sala ainda não estava pronta. Agora, já existem 17 salas com isolamento e pressão negativas prontas para o atendimento.

Segundo a assessoria de comunicação do hospital, a instituição mantém permanentemente salas com pressão negativa para tratamento de outras doenças infecciosas.

Logo depois de o paciente chegar ao hospital, a suspeita de ebola foi descartada. Era um caso de infecção urinária. O passageiro não vinha de nenhum dos quatro países onde ocorre o surto da doença e nem apresentava febre, um dos principais sintomas. Ele apenas passava mal. Esta foi a terceira suspeita da doença no Brasil, as outras ocorreram em Goiânia e Londrina. Nenhuma delas foi confirmada. Mas o caso atendido no Hospital Emílio Ribas mostrou a necessidade de ajustes no preparo do atendimento de pacientes com ebola.

Surto
A epidemia de ebola que atinge a África Ocidental já matou mais de mil pessoas de um total de 1.849 casos de infecção, de acordo com último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os primeiros casos do surto foram identificados em março deste ano, em áreas próximas a florestas do Sul da Guiné, com a morte de 59 pessoas.

Ebola é uma doença causada por um vírus cujos sintomas iniciais incluem febre, fraqueza extrema, dores musculares e dor de garganta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). À medida que a doença avança, o paciente pode sofrer de vômitos, diarreias e – em alguns casos – hemorragia interna e externa.

A infecção ocorre por contato direto com o sangue ou outros fluidos corporais ou secreções como fezes, urina, vômito, saliva ou sêmen de pessoas infectadas. A infecção também pode ocorrer se a pele ou membranas mucosas de uma pessoa saudável entrarem em contato com objetos contaminados com fluidos infecciosos de um paciente com Ebola, como roupa suja, roupa de cama ou agulhas usadas.

Fonte: http://saude.ig.com.br/

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