O Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), vinculado à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou marcas de queimadura.
De acordo com o documento, a diretora do Cime, Rita Gaio, comunicou que o sistema de monitoramento fez o alerta de violação do dispositivo às 00h07 da madrugada deste sábado (22). A equipe de escolta posicionada nas proximidades da residência de Bolsonaro foi imediatamente acionada, assim como a direção da unidade, e os policiais penais fizeram contato com o ex-presidente.
Um vídeo anexado ao processo mostra a tornozeleira danificada, com sinais de exposição ao fogo. No áudio, é possível ouvir o diálogo entre Bolsonaro e uma agente da Seape-DF, em que ele admite o uso de um ferro quente para manipular o equipamento.
A conversa registra:
Agente: “Equipamento 85916-5. O senhor usou alguma coisa pra queimar?”
Bolsonaro: “Meti um ferro quente aqui.”
Agente: “Ferro quente?”
Bolsonaro: “Curiosidade.”
Agente: “Que ferro foi? Ferro de passar?”
Bolsonaro: “Não. Ferro de soldar, solda.”
Agente: “Ferro de soldar? Aquele que tem uma ponta?”
Bolsonaro: “Sim.”
Agente: “Tá ok. O senhor tentar puxar a pulseira, também?”
Bolsonaro: “Não, não não, isso não. Não rompi a pulseira não.”
Agente: “Pulseira aparentemente intacta, mas o case violado. Que horas o senhor começou a fazer isso, senhor Jair?”
Bolsonaro: “Já no final da tarde.”
Agente: “Final da tarde? Tá certo. Essa tampa chegou a soltar, não?”
Bolsonaro: “Não. Tudo em paz, tudo na paz aqui.”
Fonte: Gazeta Brasil













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