Segundo ela, depois disso, país poderá 'reaver seus direitos no Mercosul'.
Presidente falou após cúpula do bloco que aprovou ingresso da Venezuela.
A presidente Dilma Rousseff disse na tarde desta terça (31) esperar que o Paraguai "normalize sua situação institucional" para que possa "reaver seus direitos no Mercosul".
Dilma fez a declaração no Palácio do Planalto, ao lado dos colegas Hugo Chávez(Venezuela), Jose Mujica (Uruguai) e Cristina Kirchner (Argentina), após reunião de cúpula do Mercosul que oficializou a entrada da Venezuela no bloco. É a primeira ampliação do Mercosul, desde sua criação, em 1991.
O Paraguai não participou da reunião - o país está suspenso do Mercosul desde o impeachment que destituiu o presidente Fernando Lugo, no mês passado. O Congresso paraguaio era o único que ainda não havia aprovado o ingresso da Venezuela.
"Não somos favoráveis a retaliações econômicas que possam provocar prejuízo ao povo paraguaio", afirmou Dilma, que disse que o que move a América do Sul é "o compromisso inequivoco com a democracia".
"Nossa perspectiva é que o Paraguai normalize sua situação institucional interna para que possa reaver seus direitos no Mercosul", declarou a presidente brasileira.
Segundo Dilma, a presença da Venezuela no Mercosul "amplia nossas capacidades internas". A presidente destacou a ampliação em sete vezes do comércio entre Venezuela e os países do Mercosul entre 2001 e 2010.
"A Venezuela tem reserva de petróleo e gás certificada, entre as maiores do mundo [...] Queremos convidar setores empresariais dos países da região a participar deste momento", declarou Dilma.
Chávez
Em discurso após a fala de Dilma, Chavez comparou a entrada do seu país no Mercosul aos dias em que Nestor Kirchner (ex-presidente da Argentina) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram eleitos.
Em discurso após a fala de Dilma, Chavez comparou a entrada do seu país no Mercosul aos dias em que Nestor Kirchner (ex-presidente da Argentina) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram eleitos.
“Kirchner está sempre no nosso coração assim como Lula está [...] Vivemos um novo período de aceleração da história", declarou. Segundo ele, "há tempos que a Venezuela já deveria ter entrado" no bloco.
"Mas, enfim, como está na Bíblia, tudo que está acima da Terra que vai acontecer tem a sua hora. Tinha que ser assim. E a entrada no Mercosul coincide com um novo ciclo, digamos assim, político-institucional que está sendo iniciado muito em breve na Venezuela", declarou Chávez, candidato à reeleição.
Chávez disse que, para o projeto nacional de desenvolvimento venezuelano, "nada é mais oportuno que esse evento de hoje".
Segundo ele, "esta é a maior oportunidade que em 200 anos foi apresentada em nosso horizonte. Nós éramos uma colônia. A Venezuela estava condenada ao subdesenvolvimento, à miséria, ao atraso".
Chávez classificou o Mercosul como o “grande motor” da América do Sul. “Este é o nosso mundo, este é o nosso lugar no mundo, esta é a nossa essência sul-americana “. A Venezuela, disse, entra “completa” ao bloco. “Com toda a nossa paixão, toda nossa vontade, todo nosso desejo de nos integrarmos verdadeiramente [...] a um novo mecanismo de integração”.
Mujica
O presidente do Uruguai, José Mujica, destacou os desafios da América do Sul diante da crise econômica europeia.
Mujica
O presidente do Uruguai, José Mujica, destacou os desafios da América do Sul diante da crise econômica europeia.
“Parece que pobres são eles e nós estamos nos saindo bastante bem. Nossos emigrados estão voltando. É que agora já acertamos tanto as nossas políticas, um pouco porque a dor nos ensinou ou porque estamos em outro mundo. O fato é que nunca tivemos uma oportunidade como esta”, declarou.
KirchnerCristina Kichner também homenageou o ex-marido, Néstor Kichner, e Lula e lembrou que oMercosul, com a entrada da Venezuela, será a quinta economia do mundo.
A presidente argentina afirmou que a crise econômica europeia não está no preço das commodities.
"Vamos fornecer a segurança alimentar porque o mundo não está assim por causa da soja, do trigo, do milho. O mundo está assim pela insegurança financeira que eles [países ricos] geraram nos países desenvolvidos”, declarou.
Cristina Kirchner relacionou a entrada da Venezuela no Mercosul ao fim da "solidão" dos membros do bloco. "A solidão acabou porque nós nos encontramos", declarou.
G1
0 comentários:
Postar um comentário
Comente esta matéria