A máquina de medalhas chinesa custa bastante aos cofres do regime comunista. E custa bastante às famílias, cujos filhos são retirados de casa cedo e ficam internados em centros de treinamento de excelência. Lá, os métodos parecem ser eficazes, mas são bastante questionados por outras potências esportivas. E até dentro do país.
O contato dos atletas com as famílias é restrito. As principais estrelas deixam de ser filhos e irmãos e passam a ser armas do Estado, que tenta mostrar uma China forte na política, na economia e no esporte - um trinômio que garantiria a Pequim hegemonia mundial.
Em Londres, a política esportiva chinesa enriqueceu a coleção de medalhas, mas expôs a dura realidade dos atletas fabricados a foice e martelo.

Wu Minxia venceu uma prova de saltos ornamentais. Ganhou medalha de ouro e duas notícias: a mãe está com câncer de mama e os seus avós maternos morreram há um ano. Ela estava totalmente blindada pelos treinadores.
"Aceitamos há muito tempo que ela não nos pertence. Sequer ouso pensar em coisas como desfrutar a felicidade familiar", lamentou o pai da atleta campeã.
O pai de Li Xueying, vencedor do ouro na categoria até 58 quilos no levantamento de peso, sofre drama semelhante.
"Só quero vê-la imediatamente. Nós não nos encontramos há dois anos! Ela é minha filha, afinal", declarou ele após o encerramento da competição.
O que para países como o Brasil é motivo de comemoração, para a China, não. Medalhas de prata e bronze são bastante desvalorizadas e os atletas chegam a pedir desculpa por conquistá-las.

Em 2000, com inspiração soviética, a China lançou o Projeto 119, que faz menção ao número de medalhas de ouro possíveis à época em atletismo, natação, remo, vela e canoagem. Em Pequim, com 51 ouros, superou os americanos no quadro de medalhas. Os chineses investem em esportes que distribuem mais metais.
As críticas ao programa são externas e internas - até mesmo do "Global Times", que tem ligação com o Partido Comunista. A expressão "sistema opressor" passou frequentar reportagens sobre o programa olímpico.
Para evitar mais desgaste, o regime fez o que adora fazer: censurou reportagens negativas.
Fonte: PNF
As fotos deste post foram publicadas pelo "Global Times"
O contato dos atletas com as famílias é restrito. As principais estrelas deixam de ser filhos e irmãos e passam a ser armas do Estado, que tenta mostrar uma China forte na política, na economia e no esporte - um trinômio que garantiria a Pequim hegemonia mundial.
Em Londres, a política esportiva chinesa enriqueceu a coleção de medalhas, mas expôs a dura realidade dos atletas fabricados a foice e martelo.
Wu Minxia venceu uma prova de saltos ornamentais. Ganhou medalha de ouro e duas notícias: a mãe está com câncer de mama e os seus avós maternos morreram há um ano. Ela estava totalmente blindada pelos treinadores.
"Aceitamos há muito tempo que ela não nos pertence. Sequer ouso pensar em coisas como desfrutar a felicidade familiar", lamentou o pai da atleta campeã.
O pai de Li Xueying, vencedor do ouro na categoria até 58 quilos no levantamento de peso, sofre drama semelhante.
"Só quero vê-la imediatamente. Nós não nos encontramos há dois anos! Ela é minha filha, afinal", declarou ele após o encerramento da competição.
O que para países como o Brasil é motivo de comemoração, para a China, não. Medalhas de prata e bronze são bastante desvalorizadas e os atletas chegam a pedir desculpa por conquistá-las.
Em 2000, com inspiração soviética, a China lançou o Projeto 119, que faz menção ao número de medalhas de ouro possíveis à época em atletismo, natação, remo, vela e canoagem. Em Pequim, com 51 ouros, superou os americanos no quadro de medalhas. Os chineses investem em esportes que distribuem mais metais.
As críticas ao programa são externas e internas - até mesmo do "Global Times", que tem ligação com o Partido Comunista. A expressão "sistema opressor" passou frequentar reportagens sobre o programa olímpico.
Para evitar mais desgaste, o regime fez o que adora fazer: censurou reportagens negativas.
Fonte: PNF
As fotos deste post foram publicadas pelo "Global Times"
0 comentários:
Postar um comentário
Comente esta matéria