Procedimento médico vai de encontro à religião da avó
Um bebê recém-nascido morreu no setor deNeonatal do Hospital Geral de Fortaleza(HGF) após a avó recusar que fosse realizada uma transfusão de sangue que poderia salvar a criança. Segundo Antônia Lima, promotora de Justiça de Defesa da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual (MPE), a avó da criança, que seria Testemunha de Jeová, não autorizou a transfusão porque o procedimento médico vai de encontro à sua religião.
Assistentes sociais do HGF entraram em contato com o MPE pedindo intervenção no caso, entretanto, não houve tempo hábil para autorizar a transfusão de sangue. FOTO: José Leomar/Arquivo
A mãe, por ser uma adolescente de 15 anos, não poderia responder pela criança e tentava desde sexta-feira (20) convencer a avó a necessidade da transfusão de sangue, segundo informou a promotora Antônia Lima. Ainda de acordo com o MPE, a informação do óbito foi repassada à promotora às 11h desta segunda-feira (23). As causas que levaram o bebê ao HGF e data de entrada no hospítal ainda não foram divulgadas.
Nenhuma informação sobre o caso foi dada à Redação Web do Diário do Nordeste pelo HGF. Segundo o hospital, "devido a delicadeza do caso, qualquer informação sobre o estado de saúde dos pacientes, atendidos no HGF, apenas só podem ser repassadas com autorização prévia da família", ressaltando que "neste caso, especificamente, os parentes não autorizaram qualquer divulgação".
A promotora afirma que vai recomendar à Justiça que a avó da criança responda criminalmentepelo caso. "Nós entendemos que a avó, ao não permitir que a criança tomasse sangue assumiu o risco pela morte da criança, então já é um [homicídio] doloso", argumenta Antônia Lima.
Com informações da repórter Luana Lima
Diário do Nordeste
1 comentários:
muita ignorância dessas pessoas,deixar de doar sangue para salvar uma vida,tem que ter uma lei pra condenar esses tipo de pessoas que se diz religiosos do testemunho de jeova...
Postar um comentário
Comente esta matéria