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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Doação de Órgãos salva muitas vidas

Você sabia que um único doador de órgãos é capaz de salvar ou melhorar a vida de mais de 20 pessoas?
De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no Brasil, de cada oito possíveis doadores, apenas um será doador com órgãos transplantados. Enquanto em países como Espanha — referência mundial quando o assunto é doação e transplantes — são registrados acima de 40 doadores (43,4) para cada milhão de população, a taxa brasileira está próxima de 16 (15,9), com desempenho que ainda pode melhorar muito.

Diversos fatores contribuem para esse número, mas um dos principais é a recusa familiar. No Brasil, para ser doador, não é preciso deixar nada por escrito, e sim comunicar à sua família, pois somente os parentes podem autorizar a doação. Quando a pessoa não avisa, a família fica em dúvida.

Quando é possível doar?
A doação de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida. No primeiro caso, o doador é capaz de salvar ou melhorar a vida de mais de vinte pessoas, podendo doar córneas, coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagem.

O doador em vida, por sua vez, deve ter mais de 18 anos e boas condições de saúde. A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais. Rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de até quarto grau com compatibilidade sanguínea. No caso de não familiares, a doação só acontece mediante autorização judicial. Hoje no Brasil, de acordo com a Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (ADOTE), 50% das mortes encefálicas não são notificadas.

Você sabia que mais de 30 mil brasileiros aguardam por um transplante?

Para mudar este quadro e permitir que cada vez mais pessoas que estão na fila de transplantes possam voltar a desfrutar de uma vida confortável, é essencial inserir a temática da doação no cotidiano, e também desfazer mitos que circulam entre a população. É importante saber que: 

• Se você está doente ou ferido e foi admitido no hospital, a prioridade número um é salvar a sua vida. A doação de órgãos somente será considerada após sua morte e após o consentimento de sua família; 
• As religiões enxergam a doação como um ato de caridade e amor ao próximo; 
• Pessoas de todas as idades e históricos médicos podem ser consideradas possíveis doadoras. Sua condição médica no momento da morte determinará quais órgãos e tecidos poderão ser doados. 
• O diagnóstico de morte encefálica faz parte da legislação nacional e do Conselho Federal de Medicina. Dois médicos em diferentes momentos examinam o paciente e fazem o diagnóstico clínico de morte encefálica. Um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma, é realizado para comprovar que o encéfalo já não funciona. 
• Os transplantes ocorrem através de uma cirurgia tradicional e, ao fim do procedimento, o corpo é reconstituído, podendo ser velado normalmente. 
• Os órgãos são transplantados para os primeiros pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única da central de transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado. Esse processo, além de justo, é controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público. 
O programa nacional de transplantes tem organização exemplar: cada estado tem uma ‘Central de Notificação, Captação e distribuição de Órgãos’ que coordena a captação e a alocação dos órgãos, baseada na fila única, estadual ou regional. 
Os transplantes são a melhor ou a única alternativa para salvar quem está doente dependendo de uma doação para sobreviver. A doação e os transplantes são realizados com sucesso, e reintegram o paciente à sociedade produtiva, com conforto e felicidade para todos de sua família. 

Considera-se como potencial doador todo paciente em morte encefálica. Para constatação desse diagnóstico é necessário certificar-se de que: 

1. O paciente tenha identificação e registro hospitalar;
2. A causa do coma seja conhecida e estabelecida;
3. O paciente não esteja hipotérmico (temperatura menor que 35º C);
4. O paciente não esteja usando drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
5. O paciente não esteja em hipotensão arterial.

Após essas certificações, o paciente deve ser submetido a dois exames neurológicos que avaliem a integridade do tronco cerebral. Estes exames são realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e transplante. O intervalo de tempo entre um exame e outro é definido em relação à idade do paciente. 
Após o segundo exame clínico, é realizado um exame complementar que demonstre ausência de perfusão sanguínea cerebral, ou ausência de atividade elétrica cerebral, ou ainda ausência de atividade metabólica cerebral. (Fonte: ABTO)

Informações sobre Doação de Órgãos e Tecidos:

Contatos: (85) 3101-5238 / 3101-5255
Fax: (85) 3252-1886

• Disque Saúde: 0800 61 1997
• Central Nacional de Transplantes: 0800 6646 445
• ABTO: (11) 3283-1753 / 3262-3353

Fonte: Blog ENCONTRO COM A SAÚDE

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