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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Escola é denunciada ao Ministério Público por banheiro único para meninos e meninas

Sob alegação de “propagação de ideologia de gênero”, conselhos tutelares levaram reclamação dos pais ao Ministério Público.
Uma escola pública do Paranoá terá de se explicar por manter um banheiro único para meninos e meninas. A acusação de pais de estudantes da Comunidade de Aprendizagem do Paranoá (CAP) é de que o centro de ensino tem propagado “ideologia de gênero” no local. Na última quinta-feira (1º/11), a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) notificou o colégio para que preste esclarecimentos.

Segundo a promotora de Justiça Catia Gisele Vergara, o órgão foi acionado pelos conselhos tutelares do Paranoá e Itapoã após denúncia de familiares de alunos. A CAP possui apenas seis meses de funcionamento e afirma ter uma metodologia inovadora, direcionada a estudantes de 4 a 8 anos, da educação infantil ao terceiro ano do ensino fundamental.

“Pedi informações sobre o caso e a adoção de providências para preservar a intimidade e privacidade das crianças, tendo em vista o dever de protegê-las integralmente”, disse a promotora. A escola tem até o fim desta semana para responder a notificação.

De acordo com o conselheiro tutelar Manuel Cardoso, alguns pais disseram que não sabiam sobre a existência do banheiro único, só descobriram após o relato dos filhos. “Uns contaram que a menina chegou em casa dizendo que viu as partes íntimas do colega. Outros que a filha estava receosa em ir ao banheiro porque os amiguinhos a estavam acariciando”, expôs.

Os conselheiros foram à escola para realizar vistoria e confirmaram que o toalete era usado ao mesmo tempo por crianças de diferentes sexos. “Não tenho nada contra a metodologia de ensino deles, mas temos que prevenir possíveis abusos. Como vamos intervir num banheiro em que todo mundo entra? Se fosse individual, entra um e o outro sai, estava tudo bem”, garante.

De acordo com Cardoso, o projeto original da escola apresentado à Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) tinha dois banheiros: masculino e feminino. Entretanto, quando a unidade de ensino começou a funcionar, foi adotado o cômodo único. “A escola nos disse que realizou reunião com as famílias dos alunos para tratar do assunto, mas nem todos os pais foram”, admite.

(Metrópoles)

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