A luta contra a mutilação genital feminina (MGF) na África aumentou nos últimos anos com o compromisso de governos e comunidades, mas ainda precisa de aceleração.
Não há números específicos de quantas mulheres foram submetidas à mutilação genital, mas calcula-se que pelo menos 200 milhões de meninas e mulheres em 30 países foram vítimas desta intervenção.
Em muitas comunidades étnicas e religiosas, principalmente na África, a mutilação é realizada sob a justificativa de ser uma “prática tradicional”.
Em coincidência com o Dia Internacional de Tolerância Zero com a Mutilação Genital Feminina, o médico Peter Nguura afirmou:
“Há meninas que nascem e nascerão nestes países, portanto, se não tivermos um caminho acelerado de redução, pode ser inclusive que as tendências positivas não tenham um efeito significativo.”
A fundadora da ONG Save a Girl Save a Generation, Asha Ismail, esbravejou:
“As meninas seguem morrendo e sofrendo e vivemos em um mundo no qual queremos que as mulheres estejam caladas e atrás dos homens.”
A lista de Estados com maiores porcentagens de prevalência é formada, quase totalmente, por nações da África Subsaariana, com a Somália na liderança, país onde calcula-se que 98% das mulheres de 15 a 49 anos tenham passado pela mutilação, seguida de Guiné (97%), Djibuti (93%) e Serra Leoa (90%), segundo a agência EFE.
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