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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Ministro Paulo Guedes se desculpa por fala sobre servidores

Paulo Guedes, ministro da Economia, nesta segunda-feira (10) pediu desculpas por ter se expressado “mal” ao comparar servidores públicos a parasitas e afirmou que sua declaração foi tirada do contexto.

Na sexta-feira (7) passada, em uma palestra na Fundação Getúlio Vargas do Rio (FGV-Rio), o ministro da Economia havia declarado que: “O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação. Tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo, e o cara virou um parasita. O dinheiro não chega ao povo, e ele quer aumento automático. Não dá mais”.

As palavras de Guedes repercutiram muito mal no ambiente político, principalmente no Congresso Nacional, onde será analisada uma reforma administrativa ainda neste semestre. Os servidores públicos compõem uma categoria com muita capacidade de articulação e influência perante os parlamentares, não sendo raras as oportunidades em que conseguem fazer valer suas pautas. Para deputados e senadores, a frase do ministro pode prejudicar o trâmite das mudanças que o governo pretende implementar.

Em uma mensagem de Whatsapp, Paulo Guedes disse que sua declaração foi tirada de “contexto”. “Falei de estados e municípios em casos extremos. Quando toda a receita vai para salários e nada para saúde, educação e segurança. Se o Estado existe para si próprio, então é como um parasita. (O Estado perdulário) maior que o hospedeiro (a sociedade).”

O ministro complementou dizendo: “Eu me expressei muito mal, e peço desculpas não só a meus queridos familiares e amigos, mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem descuidadamente eu possa ter ofendido”, dizendo ainda que “não queria jamais ofender pessoas simples que cumprem seus deveres”.

Paulo Guedes argumenta que: “Falava dos casos extremos em que municípios e estados gastam todas as receitas com salários elevados, de modo que nada sobrava para educação, segurança saúde e saneamento.” Ainda de acordo com Guedes, nesses casos, não se pode dar “aumento automático de salários”.

“Eu não falava de pessoas, e sim do risco de termos um Estado parasitário. Aparelhado politicamente. Financeiramente inviável. O erro é sistêmico, e não é culpa das pessoas que cumprem os seus deveres profissionais, como é o caso da enorme maioria dos servidores públicos”, finalizou Guedes na mensagem.

Com o pedido de desculpas desta segunda, o ministro tenta reverter a repercussão negativa que a declaração teve perante os servidores, evitando assim que haja uma contaminação na pauta de reformas propostas pelo governo.

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