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sexta-feira, 26 de março de 2021

Após denúncia, PF faz operação contra vacinação de empresários

Corporação apura se empresários do setor de transporte foram vacinados ilegalmente contra a Covid-19.

A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta sexta-feira (26), buscas em endereços ligados à Viação Saritur, em Belo Horizonte (MG). A corporação apura se empresários do setor de transporte foram vacinados ilegalmente contra a Covid-19. Intitulada de Operação Camarote, a ação apura a suposta importação e administração irregular de vacinas.

As buscas foram realizadas em uma garagem no bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital mineira, onde teria ocorrido a vacinação. A PF investiga a suspeita de quatro crimes. Um deles é de importação de mercadoria proibida, caso a eventual aquisição das doses tenha ocorrido antes da aprovação da lei que trata da compra de vacinas por pessoas jurídicas.

Se ficar comprovado, porém, que as doses foram compradas após a aprovação da lei, a suspeita é de crime de descaminho.

Os agentes apuram ainda se houve falsificação ou adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, caso o episódio tenha ocorrido antes do registro da vacina da Pfizer na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também é apurada suspeita de receptação pelas pessoas que receberam a vacina.

Antes das 6h, policiais saíram da sede da Polícia Federal, na Região Oeste de Belo Horizonte. Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram expedido pela 35ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte para que sejam recolhidas provas relativas ao caso.

O CASO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, na quinta-feira (25), que abriu investigação sobre a aplicação clandestina de vacinas feita na garagem da empresa de transportes viação Saritur, em Belo Horizonte (MG). O órgão avalia se houve crime sanitário na vacinação e encaminhou ofício para a Polícia Federal (PF) apurar o caso.

A Anvisa disse ainda que todas as vacinas contra a Covid-19 que foram importadas legalmente tinham como destino o SUS, ou seja, a agência não liberou a entrada de doses da Pfizer.

– Cumpre ressaltar que, por força da RDC 479/2021, é proibida a importação de vacinas por pessoa física no Brasil – informou a agência.

A Pfizer nega que tenha vendido as doses ao grupo mineiro. Vídeos mostram pessoas sendo vacinadas na noite de terça-feira (23), na garagem da empresa mineira. O vaivém ocorreu após as 20h, quando já estava em vigor o toque de recolher determinado pela Prefeitura.

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal de Minas investigam o caso. A empresa nega.

Segundo boletim de ocorrência feito pela Anvisa à Polícia Militar, até mesmo crianças foram vacinadas, e a empresa só começou agora os estudos de segurança do imunizante para quem tem menos de 18 anos.

(Pleno News)

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