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quarta-feira, 17 de março de 2021

Objeto voador é visto em diversas cidades do Ceará; especialistas explicam elemento

Redes de monitoramento apontam que objeto visto pode ser corpo de um foguete francês.

Um elemento voador brilhante foi observado em várias cidades cearenses, como Camocim e Itapipoca, na noite desta terça-feira (16). Vídeos do céu desses municípios mostram a 'bola de fogo' sob diferentes pontos de vista.

Especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste afirmam que se trata de lixo espacial, que reentrou na atmosfera da Terra. O elemento também pôde ser visto do Pará, conforme a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).

De acordo com Ednardo Rodrigues, professor de Astronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC), o material espacial artificial entrou em compressão logo após reentrar na atmosfera terrestre.

"Os objetos ao entrarem na nossa atmosfera sofrem um grande aumento de pressão e temperatura, e se desintregam", explica sobre o aspecto de 'bola de fogo'.

Marcelo Zurita, diretor-técnico da Bramon, afirma que, provavelmente, o objeto é o corpo do foguete francês Ariane 44 L, que foi lançado em julho de 1992 a partir do Centro Espacial Guyanais, na Guiana Francesa.

"Corpos de foguetes sempre têm reentradas mais intensas e longas, como a que foi vista ontem", argumenta.

Identificação

A identificação desses objetos é possível pelo monitoramento de órgãos internacionais e observadores de satélites. O corpo do Ariane 44L foi observado pela última vez na última quinta-feira (11).

Zurita comenta que, a cada passagem observada de um objeto, a posição e o horário exato são medidos e permitem o cálculo dos parâmetros orbitais do satélite. "Com esses parâmetros, podemos calcular onde ele está em cada momento", explica.

O especialista afirma que a reentrada do corpo do foguete estava prevista inicialmente para domingo (14), mas é possível que tenha acontecido somente na terça-feira (16), seguindo a margem de erro dos cálculos.

A reentrada na atmosfera e a perda de altitude, no entanto, alteram os parâmetros orbitais e dificultam a precisão de horário e local específicos da queda.

Os calculistas da Bramon e de outros órgãos estão analisando, desde a noite de terça-feira (16), para confirmar qual parte do foguete foi vista.

(Diário do Nordeste)

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