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domingo, 4 de abril de 2021

Egito faz desfile faraônico de 22 múmias da realeza. Veja fotos

Cerimônia serviu como transferência de 22 faraós para o Museu Nacional da Civilização Egípcia.
Um desfile histórico de múmias reais do Novo Reino (séculos 16 a 11 aC) preencheu a Praça Tahrir, no Cairo, no último sábado (3). Os faraós foram transferidos para o Museu Nacional da Civilização Egípcia (NMEC), sua nova morada a partir de agora.
O comboio era composto por veículos pretos adornados com ouro e motivos luminosos que lembram antigos barcos funerários. Além de vários carros de polícia, guardas montados em cavalos acompanharam a procissão dos antigos reis e rainhas do Egito. Teve também música de um grupo de tambores ao vivo e da Orquestra Sinfônica da Ópera do Cairo, que deram a trilha sonora ao apelidado de “Desfile Dourado”.

Tanto a Praça Tahrir, recentemente decorada com um antigo obelisco e quatro esfinges com cabeça de cabra, quanto seus arredores foram fechados para veículos e pedestres, segundo o Ministério do Interior. Na chegada, os reis e rainhas foram recebidos com 21 tiros de canhão.

Os egípcios tiveram que acompanhar o desfile dos 18 reis e quatro rainhas na televisão estatal, que apresentou uma cerimônia de abertura cuidadosamente coreografada.

– Este espetáculo grandioso é mais uma prova da grandeza […] de uma civilização única que chega às profundezas da história – declarou o presidente egípcio, Abdel Fatah al Sisi, no Twitter.

PRESERVAÇÃO

Descoberto perto de Luxor (Sul) a partir de 1881, a maioria das 22 múmias não saíam da Praça Tahrir desde o início do século 20. Desde a década de 1950, estão expostos em uma pequena sala, sem explicações museográficas claras. As múmias foram transferidas, cada uma, para dentro de um tanque especial, com o nome do soberano, e munidas de mecanismos de absorção de choque, em um envelope contendo nitrogênio para preservá-las.

No NMEC, eles serão exibidos em gavetas mais modernas “para melhor controle de temperatura e umidade do que no antigo museu”, disse à AFP Salima Ikram, professora de egiptologia da Universidade Americana do Cairo, especialista em mumificação. Eles serão apresentados individualmente junto com seus sarcófagos, em um ambiente que lembra as tumbas subterrâneas dos reis, com biografia e objetos relacionados aos soberanos.

*Estadão

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