Mesmo sem ter uma data definida para a paralisação, a decisão foi tomada como forma de pressionar o Poder Público municipal a garantir direitos e reajustes, em atraso, da categoria.
O presidente do Sindsems, Jucélio Paiva, esteve reunido com o chefe de Gabinete da Prefeitura de Sobral, David Duarte, e o secretário do Planejamento e Gestão, Ramom Carvalho, em busca de respostas mais efetivas sobre o reajuste salarial do piso dos professores (33, 24%), concedido pelo Governo do Estado e seguido por cerca de 80 municípios cearenses, mas que ainda não foi realizado, pelo maior município da Zona Norte do Estado.
| Presidente do Sindsems anuncia possível paralisação para este mês de março (Foto: Nildo Nascimento). |
Além do piso dos professores, outras reivindicações discutidas na pauta, segundo Paiva, “foram a reposição inflacionária dos últimos dois anos, de 15,22%, para todos os servidores públicos municipais, de forma linear, e o piso dos Agentes de Combate às Endemias e Agentes de Saúde, há bastante tempo estagnado”, reclamou.
Ainda, segundo o sindicalista, “nos últimos dois anos, os servidores tiveram perdas nos repasses, devido ao congelamento dos gastos, da Lei 173, que proibia e vetava os aumentos salariais. O município tem uma lei local semelhante. Mas a [Lei] 173 caiu, em dezembro do ano passado, daí, ser justo que já se aplique a nova lei do piso salarial, pois mais de 80 cidades cearenses já aprovaram o novo aumento. Precisamos acelerar esse processo aqui também. A greve é um mecanismo para mostramos que estamos aqui para sermos vistos e mais valorizados”, reforça.
Em resposta ao sindicato, de acordo com Jucélio Paiva, o chefe de Gabinete, David Duarte, afirmou que seria feito um estudo de impacto financeiro sobre o reajuste da reposição inflacionária de 15, 22%, dos servidores, que são cerca de 3 mil. Quanto aos professores, foi dito por Duarte que, “o recurso ainda não chegou aos cofres públicos. Esperamos que valores mais volumosos sejam repassados à Prefeitura, para garantirmos o piso,” alegou.
Outra reunião foi marcada para uma nova rodada de negociações, entre o sindicato e a Prefeitura, independentemente da decisão de uma possível paralisação, ainda para este mês, segundo alerta o presidente do Sindsems. “Em plenária, decidimos que, em breve, poderemos entrar em movimentação de greve, para todos saberem o que passamos e que precisamos de maior visibilidade, por parte do Poder Público”, finaliza, Paiva.
Por Marcelino Jr / Sistema Paraíso













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