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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Pai estupra filha, e mãe o perdoa por ser “testemunha de Jeová”

Antes de ser preso, um homem acusado de estuprar a própria filha teria sido “perdoado” pela mãe da jovem, que explicou ser “testemunha de Jeová”, denominação cristã cujos fiéis baseiam sua crença em uma interpretação literal da Bíblia. As testemunhas de Jeová acreditam que o ato de perdoar “abre o caminho para a salvação”.

A versão foi dada pela tia materna da criança, em depoimento à polícia, e consta em acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que negou, em setembro do ano passado, absolver o réu. O homem foi preso em 2019 e, em seguida, condenado a 24 anos de prisão.

A tia relatou que, após saber dos abusos sexuais sofridos pela garota, dos 6 aos 12 anos, resolveu contar para a mãe da menina, a qual afirmou que já sabia dos fatos.

“[A tia] contatou sua irmã, genitora da vítima, que respondeu que já sabia dos fatos e chegou a indagar ao réu, oportunidade em que ele teria admitido os atos libidinosos. Mas a mãe resolveu perdoar o acusado, ‘por ser testemunha de Jeová’”, narra o acórdão judicial.

A tia afirmou ainda que a irmã teria um “amor doentio pelo réu, com elevada dependência emocional”, e que poderia estar fechando os olhos aos fatos para não ter que se separar do marido. Foi a tia que teria ajudado a menina a procurar uma delegacia e denunciar o pai.

Metrópoles

1 comentários:

O ato de perdoar é divino e estou plenamente de acordo, mas se este ato de perdão tiver como motivação o fato da mulher ter esse amor doentio pelo réu, aí eu não concordo, pois a motivação do perdão está totalmente errada, porém o réu tem que cumprir a pena pelo crime.

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