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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Profissionais da saúde protestam em defesa do piso salarial da categoria

Nesta sexta-feira (9), profissionais e acadêmicos da enfermagem sobralense movimentaram o Centro da Cidade na luta por melhoria salarial.
A manhã desta sexta-feira (9) foi de manifestação em Sobral (Norte do Ceará), quando diversos trabalhadores da saúde seguiram a movimentação nacionalmente, e se concentraram na praça Coluna da Hora, para de lá, saírem às ruas, numa caminhada até o Boulevard do Arco de Nossa Senhora de Fátima, principal cartão postal da cidade.

Os participantes tinham em mãos cartazes e apitos, seguidos de palavras de ordem, como “A enfermagem luta”.

De acordo com a acadêmica Nicolle Vivian, o movimento organizado via plataformas digitais, pede ao STF imparcialidade no caso que tramita há mais de 20 anos. “A causa é antiga, pois somos quase a base da saúde, a base da assistência, de cuidados hospitalares”, disse a jovem.

A nova remuneração tinha sido aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas a lei foi suspensa, por 60 dias, pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo (4).

Ao longo da manifestação, o técnico de enfermagem, Igor Gomes, relatou que a classe de Sobral, conquistou o apoio de algumas entidades da saúde e, por esse motivo, conseguiram unir várias pessoas em prol da manifestação. “A gente se reuniu com o Sindsaúde para lutar pelo que é nosso, um direito que foi tirado por um ato de covardia. Fizemos parte de uma manifestação pacífica e queremos lutar, também, por todas as vidas de profissionais que foram ceifadas pela pandemia da Covid-19”, explicou Gomes.

Além de Sobral, outras cidades cearenses, como Fortaleza e Juazeiro do Norte, foram às ruas em busca de justiça. O objetivo do ato é pressionar o Supremo pela manutenção da Lei 14.434, que permite a erradicação dos salários da categoria.

Sobre o tema, os Conselhos de Enfermagem já estão trabalhando para que viabilizem a derrubada da liminar no STF. O Cofen emitiu uma nota oficial exigindo respeito aos profissionais. “O Sistema Cofen/Conselhos Regionais entende que essa decisão de suspensão é discutível por não haver qualquer indício mínimo de risco para o sistema de saúde. Ou seja, a decisão do ministro atende a conveniência pura da classe empresarial, que não quer pagar valores justos aos serviços prestados pela Enfermagem”, informa a nota.

Estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde têm 60 dias para enviar ao Supremo dados detalhados sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso.

Por Ana Karine

3 comentários:

"Enfermagem por amor", só que não. Nada mais justo que todas as categorias, tenham bons salários .

Na pandemia palmas agora uma facada nas costas

Esse é pago que eles dão pra quem sofreu na pandemia

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