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sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Surfista brasileiro Márcio Freire morre após acidente nas ondas de Nazaré

Morreu ontem (5) o surfista brasileiro Márcio Freire. O atleta tinha 47 anos de idade e sofreu um acidente na descida de uma onda gigante em Nazaré, no litoral de Portugal.

O que aconteceu

Márcio Freire estava surfando na praia de Nazaré, em Portugal, quando sofreu um acidente na descida de uma onda. O alerta para o resgate foi acionado às 16h16 (horário local, o que corresponde a 13h16 de Brasília).

O surfista brasileiro foi resgatado pelos socorristas, mas já estava sofrendo uma parada cardiorrespiratória, segundo as autoridades marítimas locais. Márcio não reagiu às manobras de reanimação e acabou morrendo no local.

O corpo do surfista foi levado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria, segundo noticiou a imprensa portuguesa. O gabinete de psicologia da Polícia Marítima também foi acionado para prestar apoio aos familiares de Márcio.

Ainda segundo as autoridades locais, esta é a primeira morte relacionada com o surfe ocorrida na praia de Nazaré. Os brasileiros Pedro Scooby e Maya Gabeira já sofreram acidentes sérios no local, mas sobreviveram.

Quem era Márcio Freire

Márcio Freire é considerado um dos atletas pioneiros no surfe de ondas gigantes. Ele é conhecido como um dos Mad Dogs, o trio de baianos formado por Freire, Danilo Couto e Yuri Soledade, que desbravava as ondas gigantes sem o auxílio do jet-ski para entrar na onda.

A história do trio de desbravadores "Mad Dogs" chegou a se tornar um documentário do diretor Roberto Studar t.

Ele também foi um dos primeiros a encarar as ondas gigantes de Jaws, em Maui (Havaí), na remada, sem o apoio dos equipamentos de segurança.

Há cinco dias, Márcio publicou fotos de sua família em seu perfil do Instagram, celebrando a presença do pai em Portugal justamente no aniversário de 81 anos.

Paixão pelo surfe

Em uma de suas últimas entrevistas, Márcio contou que sua paixão pelo surfe sempre falou mais alto do que a ideia de ganhar dinheiro com o esporte. O atleta chegou a trabalhar de lavador de louça no Havaí para se sustentar.

"Nunca vivi do surfe, nunca ganhei dinheiro com surfe. Eu tive pouquíssimas vezes, contadas no dedo, dinheiro que veio do surfe (...). Eu não me arrependo disso, não corri muito atrás de patrocinadores. Tenho orgulho, porque consegui fazer tudo por mim mesmo, sem depender de ninguém. Trabalhei com tudo no Havaí, lavador de louças, em construção, jardinagem, vendedor de frutas. Quando chegava em temporada de ondas gigantes, largava tudo. Aí conseguia conciliar", disse ao canal Let's Surf.

(A Voz de Santa Quiteria)

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