Constrangimento ao vivo evidenciou tratamento desigual entre defesa e acusação no caso do almirante Garnier.
Durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (24), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, protagonizou uma situação constrangedora ao esquecer o microfone ligado e soltar, em voz baixa, a frase “fiz uma cagada”, que foi captada ao vivo pelo sistema de som da Corte. O comentário ocorreu durante o depoimento do ex-ministro Aldo Rebelo, testemunha de defesa do almirante Almir Garnier, investigado por suposta participação em plano de golpe para impedir a posse de Lula em 2022. Gonet questionou Rebelo sobre a possibilidade de a Marinha atuar sozinha em uma tentativa golpista, sem apoio do Exército ou da Aeronáutica — pergunta semelhante à feita momentos antes pelo advogado de defesa, Demóstenes Torres, que havia sido barrada pelo ministro Alexandre de Moraes por se tratar de mera conjectura. Diante da disparidade de tratamento, a defesa protestou, alegando que Gonet também estaria pedindo uma opinião. Moraes, então, interveio e pediu que o procurador reformulasse o questionamento com base em fatos. Foi nesse momento, enquanto ajustava sua fala, que Gonet murmurou a frase captada pelo microfone aberto.
Fonte: Blog César Wagner
1 comentários:
Essa é nossa justiça!
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