Partido denuncia censura e perseguição por opiniões no exterior.
Após o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para abertura de inquérito contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por declarações feitas nos Estados Unidos – interpretadas como tentativa de intimidação a autoridades brasileiras e interferência em processos judiciais –, e a rápida aceitação do Supremo Tribunal Federal (STF), o Partido Liberal reagiu com uma nota incisiva. Divulgada pelos perfis da legenda na Câmara e pelo líder da bancada, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), a nota expressa “total e indignada solidariedade” a Eduardo, classificando o inquérito como uma “tentativa inaceitável de perseguição institucional” apenas por ele exercer seu direito constitucional de se manifestar publicamente no exterior. O PL destaca que o deputado, eleito por mais de 1,8 milhão de votos, está sendo investigado por declarações políticas, o que seria, segundo o partido, um atentado direto à liberdade de expressão e à soberania popular. A nota acusa o STF de rasgar a Constituição e alerta que calar o Parlamento é permitir a morte da democracia. Dirigindo-se diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, o texto cita sua própria obra para afirmar que a inviolabilidade parlamentar é absoluta quanto a opiniões e palavras. A crítica se estende também ao procurador-geral Paulo Gonet, lembrando trecho de livro em coautoria com Gilmar Mendes que reconhece a imunidade parlamentar como base da independência legislativa. Por fim, a bancada do PL afirma que o Brasil vive uma escalada autoritária sem precedentes e encerra o manifesto garantindo: “Nós, não vamos nos calar”.
Fonte: Blog do César Wagner
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