prefeita Luizianne Lins participou do lançamento e afirmou que ações serão combinadas com as secretarias
WALESKA SANTIAGO
Prefeitura lança o Plano Construindo uma Fortaleza Sem Miséria com um orçamento de R$ 500 milhões
Existem, em Fortaleza, 41.791 famílias em situação de extrema pobreza, ou seja, que vivem com menos de R$70 por mês, de acordo com dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Com o objetivo de modificar essa situação, a Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) lançou, ontem, o Plano Construindo uma Fortaleza Sem Miséria.
Estão envolvidas no projeto 13 secretarias. Com isso, as ações estarão ligadas às políticas municipais de educação, saúde, assistência social, direitos humanos, desenvolvimento econômico, habitação, cultura, turismo, entre outras.
O plano vai ter inicio em 12 locais escolhidos por terem grandes índices de pobreza, segundo o CadÚnico. São eles Pirambu, Cais do Porto, Dunas, Autran Nunes, Genibaú, Granja Portugal, Parque Presidente Vargas, Siqueira, Curió, Ancuri e também Pedras.
Para o próximo ano, o orçamento estimado pela Prefeitura é de R$ 500 milhões. Essa quantia será distribuída em ações, como a ampliação do CadÚnico, o aumento do número de Centros de Referência em Assistência Social (Cras), realização de qualificação e inclusão produtiva, ajuda às famílias com o Programa Fortaleza Alfabetizada e o Plano Fortaleza de Prevenção e Atenção Integral aos Usuários de Crack e Outras Drogas.
A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, afirmou que o programa tem o foco direto nas pessoas que vivem em situação de extrema pobreza. Além disso, será possível ajudá-los com ações básicas como o Cadastro Único e também com uma qualificação profissional. "É preciso que as pessoas tenham o mínimo de cidadania e também dignidade", disse a prefeita.
Ela explicou que algumas pessoas que foram mapeadas pelo plano viviam em um nível de pobreza tão acentuado que eram invisíveis para a sociedade e também para o poder público.
"A pobreza, às vezes, é invisível, mas ela é real. Essas pessoas são excluídas de cultura, saneamento básico, educação e saúde", declarou Luizianne.
A prefeita destacou que, após o cadastramento de todas as 41.791 famílias, a Prefeitura vai procurar saber qual a situação e de quanto é a renda de pais e filhos. Depois, vai cadastrar todos no programa Bolsa Família e também vai combinar ações com as secretarias envolvidas.
Além disso, ela ressaltou que, após entrar no CadÚnico, as pessoas terão, imediatamente, acesso a vários benefícios, entre eles o passe único.
A titular da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Elaene Rodrigues, comentou que não é possível acabar com a pobreza de um dia para o outro, mas as articulações entre as 13 secretarias envolvidas vai iniciar uma mudança na vida de várias pessoas.
"Em Fortaleza, no ano de 2005, eram beneficiados pelo CadÚnico 76 mil pessoas. Hoje, esse número já subiu para 194 mil. Isso mostra que está acontecendo uma evolução. Mas ainda temos que incluir muitas pessoas", acrescentou Elaene.
Ela disse que, de acordo com as informações do Cadastro Único, o maior número de pessoas que vivem com menos de R$ 70 por mês é de mulheres, negros e de jovens.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Planejamento e Orçamento (Sepla), Alfredo Pessoa, o orçamento, poderá ser reavaliado para 2013 e a primeira analise deve acontecer em abril do próximo ano.
Fonte: Diário do Nordeste













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