Enquanto Patricia Amorim desfila em Londres, acompanhando a natação...
O Flamengo passa por mais um enorme vexame na sua história.
Os telefones ontem da sua sede na Gávea foram cortados.
O motivo: falta de pagamento.
A notícia se espalhou como pólvora.
O presidente interino Hélio Ferraz não sabia o que fazer.
Ele sabia muito bem o clube já deve cerca de R$ 500 milhões.
E que acaba de contratar Dorival Júnior por R$ 450 mil mensais.
Deve R$ 2,8 milhões a Joel Santana.
Mais R$ 2 milhões a Vanderlei Luxemburgo.
O caso simbólico é o de Deivid que precisa receber mais de R$ 7 milhões.
Foi aconselhado pela própria diretoria a processar o clube para receber.
E continua jogando na Gávea.
É um absurdo.
Fora o imbróglio Ronaldinho Gaúcho.
O meia processa o clube e quer mais de R$ 51 milhões.
Situações constrangedoras como essa revoltaram Márcio Braga.
O ex-presidente quer tirá-la de qualquer maneira do cargo.
Quer o impeachment imediato.
O documento tem mais de 40 páginas de denúncias.
Ele já apresentou o dossiê com o pedido da destituição imediata ao Conselho Deliberativo.
Marcio alega que a Lei Pelé permite a saída imediata de Patrícia.
A alegação é administração temerária.
A Comissão de Inquérito do Flamengo tem 30 dias para julgar o pedido de Márcio.
Patricia sabia que isso iria acontecer.
Mas não se preocupou.
Fez questão de manter a sua decisão de tirar duas semanas de licença.
E curtir as Olimpíadas de Londres.
Principalmente a natação.
Enquanto isso, os telefones da Gávea foram cortados.
Conselheiros não têm certeza nem se a luz e a água estão garantidas.
O clima é constrangedor e de profunda revolta.
As principais torcidas flamenguistas já querem a saída imediata de Patricia.
Prometem fazer campanhas como o Corinthians fez para que Alberto Dualib renunciasse.
Ao vir para a Inglaterra, Patricia brincou com fogo.
A situação precária do clube mais popular do Brasil já não era segredo para ninguém.
Mas agora passou de todos os limites do bom senso.
Não há mais clima para piadas.
A situação é séria.
Não importa de que partido sejam os governantes.
Todos eles fecham os olhos para os falidos clubes brasileiros.
Não importa mudar a legislação e exigir uma administração digna.
Sem dívidas trabalhistas e tributárias.
Se fossem empresas, a grande maioria dos clubes brasileiros estaria fechada.
E absurdos como esse que acontece na Gávea não aconteceria.
Um belo exemplo aconteceu na Escócia.
O Ranger, clube mais popular, tinha 27 milhões de libras em dívidas.
Cerca de R$ 87 milhões.
Nada perto dos mais de R$ 500 milhões do Flamengo.
A direção alegou que não poderia pagar e decretou falência.
E agora começa vida nova na Quarta Divisão.
A nova diretoria tentou dar um golpe e,como time mais popular escocês, queria recomeçar na Segunda Divisão.
Tinha como argumento o dinheiro da televisão pela transmissão dos jogos.
E a bilheteria.
Os clubes da Liga Escocesa votaram de forma unânime: não.
Viraram as costas ao dinheiro por uma questão de dignidade.
E o Rangers, com seus 54 títulos da Liga Escocesa, está na Quarta Divisão.
No dia em que os nossos governantes esquecerem que torcedores votam, o futebolmudará no Brasil.
Enquanto isso não acontece, Patricia Amorim pode continuar a vibrar na Olimpíada.
E não tomar conhecimento do novo vexame.
Basta a Hélio Ferraz distribuir celulares pré-pagos na Gávea.
Mas com pouco crédito, para não aumentar ainda mais a dívida de R$ 500 milhões do Flamengo...
R7
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