Sul-africano acusado de matar mulher em lua de mel aparece coberto dos pés à cabeça em tribunal

Um dos acusados de assassinar uma noiva em lua de mel apareceu coberto dos pés à cabeça, em audiência nesta segunda-feira, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Diagnosticado com um tumor maligno no cérebro, o sul-africano Xolile Mngeni se recusou a mostrar o rosto ou qualquer outra parte do corpo. Usou calça, casaco e luva para se proteger dos flashes.

Segundo a acusação, Mngeni foi contratado para matar a sueca Anni Hindocha, de 28 anos, recém-casada. O marido dela, o britânico Shrien Dewani, de 32 anos, é suspeito de ser o mandante do crime. O casal celebrou a união na Índia, e viajou em lua de mel para a África do Sul. Anni foi morta com um tiro no pescoço, durante um passeio noturno.

Ele tem um tumor maligno Foto: Schalk van Zuydam / AP

Segundo Qalisile Dayimani, advogada de defesa, Mngeni tem desmaios e convulsões frequentes. Ele também teria problemas de memória. O réu foi submetido a uma cirurgia para retirar o tumor em 2011, mas não está curado da doença.

Mngeni e outros dois homens foram acusados de assassinato, roubo, sequestro e posse ilegal de armas. O julgamento vai começar na quarta-feira. Um deles, Mziwamadoda Qwabe, admitiu a culpa e foi condenado a 25 anos de prisão, em julgamento na semana passada. Ele disse que executou o serviço em troca de R$ 3,8 mil, e que foi Mngeni quem puxou o gatilho.

Xolile Mngeni será julgado na África do Sul Foto: Schalk van Zuydam / AP

A marido da vítima, Shrien Dewani, negou todas as acusações. Ele está em uma casa de repouso no Reino Unido, onde recebe tratamento para depressão e estresse pós-traumático. Ele será avaliado por psiquiatras em 18 de setembro, e só após o laudo poderá ser enviado para julgamento na Cidade do Cabo. O crime aconteceu em novembro de 2010.

O julgamento começa nesta quarta-feira Foto: Schalk van Zuydam / AP




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