SIGA-NOS NO INSTAGRAM: @sobral24horas

sábado, 22 de setembro de 2012

EUROPA ATRAVESSA CRISE PROFUNDA, DIZ HOLLANDE


O Presidente da França pediu que a Alemanha e outros países se unam na criação de um orçamento comum


O presidente da França, François Hollande, alertou neste sábado (22/09) que a Europa está atravessando uma "crise profunda" e pediu que a Alemanha e outros países adotem medidas "audaciosas" na direção de uma união "mais profunda", incluindo a criação de um orçamento comum e uma união bancária. "Chegou o momento de aprofundar a nossa união, a fim de permitir que a Europa tenha instituições e processos de tomada de decisão políticas adequadas aos nossos desafios econômicos", afirmou Hollande, em discurso em Ludwigsburg, no sul da Alemanha, para marcar os 50 anos de reconciliação entre os dois países.

A resposta para a atual crise da zona do euro será "estabilidade e solidariedade" maiores, destacou Hollande, fazendo um alerta contra o nacionalismo e o populismo. "Hoje nós devemos criar instrumentos que nos tornem mais fortes: uma união orçamentária, uma união bancária e uma união social", afirmou.

Os países europeus devem criar "condições para o crescimento, controlar melhor as finanças e estabelecer uma nova governança para a Europa", disse o presidente francês, destacando "a elevada responsabilidade" da França e da Alemanha nesse empreendimento. Holande sugeriu também que a França e a Alemanha implementem "projetos comuns" em energia renovável, pesquisa e cultura. 

Hollande e Angela Merkel, chanceler da Alemanha, discordaram sobre a velocidade de implementar um órgão supervisor bancário único europeu. Hollande destacou que o Banco Central Europeu (BCE) deveria se tornar o único supervisor dos bancos na Europa o mais rapidamente possível, enquanto Merkel sugeriu que a "qualidade" é mais importante que a velocidade. Merkel afirmou também que o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM) "estará pronto para ser usado no início de outubro". 

Os dois líderes disseram que trabalharão sobre a possibilidade de ratificação da fusão do grupo de defesa europeu EADS com a empresa britânica BAE Systems, mas ressaltaram que não tomaram nenhuma decisão sobre a questão. "Nós discutimos o que precisa ser considerado em conexão com a EADS e a BAE", embora "nenhuma decisão tenha sido tomada", disse a chanceler alemã, em uma entrevista coletiva com Hollande em Ludwigsburg, no sul da Alemanha. 

Ela afirmou que as preocupações em torno da fusão precisam ser "consideradas" cuidadosamente, até mesmo pelas próprias companhias. "Nós estamos cientes do prazo", acrescentou. Já Hollande ressaltou que a fusão é uma questão importante para a Europa, porque afeta o emprego. 

Crise e emergentes
Para Guido Mantega, ministro da Fazenda, os países europeus estão "estagnados", as medidas para socorrer a economia são "postergados para a eternidade" e não haverá solução em menos de dois ou três anos. Segundo ele, os países emergentes, como Brasil, China, Índia e Rússia, terão de se adaptar para continuar crescendo.

A opinião de Mantega vai de encontro com a previsão feita pelo presidente da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), Klaus Regling, que declarou no início do mês à revista alemã Der Spiegel, que a crise na zona do euro pode acabar em 2 anos. Na avaliação de Regling, a condição para que a crise da zona do euro acabe em "um ou dois anos" é que os países membros cumpram suas promessas. "Se todos os países cumprirem rigorosamente suas metas orçamentárias e continuarem a melhorar sua competitividade, a crise pode acabar em um ou dois anos", disse. 



*Com informações da Agência Estado

0 comentários:

Postar um comentário

Comente esta matéria

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More