Atos de vandalismo começaram logo no início do protesto
Ao contrário do que vem acontecendo nasmanifestações em todo o país o protesto ocorrido nesta quinta-feira (15) entre os bairros Aldeota e Cocó não terminou em vandalismo. Desta vez, os atos de destruição começaram logo no início do movimento. Agências bancárias e lojas foram depredadas ao longo do caminho entre a Praça Portugal e a residência do prefeito Roberto Cláudio. O ato só foi disperso quando a polícia cercou o grupo com bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogênio.
Bancos e lojas foram depredadas durante a manifestação. Foto: José Leomar
Após a concentração na Praça Portugal, por volta das 15h45, cerca de 300 manifestantes fecharam a Av. Desembargador Moreira e, ao chegar na Av. Santos Dumont, um grupo menor começou a jogar pedras contra uma agência do Itaú. Outras pessoas gritavam "Com vandalismo! Com vandalismo", e "Me representa! Me representa!" durante a depredação. Logo depois, uma agência do Bradesco também foi atingida. Desta vez, a maioria dos manifestantes repreendeu a ação com vaias.
Ao longo da Av. Santos Dumont vários muros foram pichados. "Destrua o que te destrói" e "Fora Cid" foram algumas das frases escritas nas paredes. No caminho, quem acompanhava o movimento em janelas era alvo de gritos de alguns jovens com o rosto coberto. Eles diziam frases como "Vem pra rua, seu filho da p...!" ou "Saia dessa sua vida medíocre, seu p...".
Os manifestantes mascarados iam à frente do grupo, parando o trânsito. "Para! Não passa!", gritavam aos motoristas. No cruzamento da Avenida Santos Dumont com Rua Professor Dias da Rocha, um ônibus foi atacado com pedras e chutes. A esta altura, duas viaturas da polícia acompanhavam o grupo. Quando a manifestação chegou no cruzamento com a Via Expressa quatro veículos do Choque faziam uma barreira e os atos de vandalismo cessaram.
Originalmente, o grupo pretendia seguir até o acampamento no Cocó, instalado no local onde a Prefeitura de Fortaleza pretende construir dois viadutos. Entretanto, segundo alguns manifestantes os acampantes pediram para que o destino da passeata mudasse para “evitar repressão” da polícia. Foi então que começaram a gritar "Casa do Pinguim! Casa do Pinguim!" e o grupo seguiu em direção à residência do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
Grupo tenta seguir para Praça da Imprensa, mas é impedido
Entretanto, o Batalhão de Choque fazia uma barreira próximo ao condomínio do prefeito. Impedidos de continuar, os manifestantes decidiram caminhar até a Praça da Imprensa, voltando pela Av. Santos Dumont. Foi aí que os atos de vandalismo recomeçaram. Outra agência do Itaú foi depredada, muros foram pichados e placas de sinalização arrancadas e jogadas na rua. Obstáculos chegaram a ser colocados na pista, mas logo foram retirados por pessoas que passavam no local.
Fonte: DN
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