Oficial resistiu à ordem de parar o veículo e policial tentou cancelar a ocorrência, segundo ele a pedido de comandante de batalhão
O tenente-coronel José Dirceu Pereira, acusado de intimidar policiais em uma blitz de trânsito na madrugada de domingo (13), será indiciado por pelo menos três crimes, informou o delegado de Delitos de Trânsito, Fabiano Contarato. Ele analisou os vídeos e áudios que revelam o diálogo do coronel com os policiais e as conversas dos policiais com o Ciodes.
"Houve o crime de resistência, pois ele se opôs a um ato legal que era a blitz. Além disso, também cabe autuação pelo crime de desacato, já que é possível ocorrer mesmo entre funcionários públicos, inclusive se o desacatado foi inferior hierárquico, e ainda o crime de denunciação caluniosa, pois o tenente foi até a auditoria da Polícia Militar para denunciar os policiais que o abordaram sabendo que eram inocentes", declarou Contarato.
O delegado reforça que, pelas imagens, fica comprovado também que o coronel José Dirceu também cometeu infrações de trânsito, ao deixar o local sem cinto de segurança e com o braço para fora.
Entenda o caso
Uma blitz da lei seca realizada na madrugada do último dia 13, domingo - na Reta da Penha, em Vitória, flagrou o tenente-coronel da Polícia Militar - aparentemente embriagado e sem o cinto de segurança - tentando intimidar os policiais militares para não ser autuado, na saída de uma boate. Ao final, o tenente-coronel vai embora sem se submeter à fiscalização.
Foto: Reprodução
O tenente-coronel José Dirceu Pereira foi abordado em blitz na saída de boate
O tenente-coronel José Dirceu Pereira foi abordado em blitz na saída de boate
As câmeras de segurança da avenida mostram quando o motorista, dirigindo um Toyota Corolla de cor prata, sai da boate e é abordado pelos policiais, por volta das 4h50.
Ele se recusa a parar, mas é obrigado pelos policias a estacionar o carro. O tenente-coronel José Dirceu Pereira, que dirige o veículo, tenta argumentar com os policiais. "Você não me conhece, não? Você sabe que eu sou coronel da polícia, né", diz, em vídeo gravado pelos policiais.
O tenente-coronel acaba sendo liberado sem a realização de bafômetro ou aplicação de multa. Pouco tempo depois, o responsável pela blitz liga para o Ciodes e pede orientação sobre o que fazer, contando que abordou um tenente-coronel e que ele se recusou a apresentar sua carteira de habilitação e documento do veículo. No lugar, o tenente-coronel mostrou sua identificação funcional da Polícia Militar.
Via gazetaonline
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