Distribuição de pelo menos 14 medicamentos é irregular, diz médico.
Remédios são distribuídos gratuitamente a pacientes cadastrados.
Pacientes com o vírus da aids estão sem remédios do tratamento da doença no Ceará. Segundo os pacientes, parte dos medicamentos que compõe o coquetel que reduz o agravamento dos efeitos da doença está em falta nos postos da capital cearense.
"Toda vez que a gente vem, nunca tem. Fica difícil porque a gente não pode comprar, é caro demais", lamenta Camila Barbosa, que tem uma familiar com a doença. Camilo recebe atendimento no Hospital São José, que é referência no Ceará no tratamento de doenças infecciosas, especialmente da aids.
A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará informou que o abastecimento do medicamento foi normalizado após a reclamação dos pacientes.
Os pacientes que visitam o São José, além dos medicamentos retrovirais, que retardam os efeitos da doença, deveriam receber a medicação que ameniza os efeitos das chamadas doenças oportunistas, que atacam as pessoas que o sistema imunológico fragilizado por causa da aids.
Os medicamentos são fornecidos gratuitamente a pessoas cadastradas no registro do programa de combate ao HIV. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Érico Arruda, há pelo menos 14 remédios com distribuição irregular no Ceará.
"São antibióticos, alguns vendidos em farmácia, mas a maioria com dificuldade de se encontrar por ser medicamentos utilizados para uma especificidade de uma doença; e quando encontrados, são caros, de modo que uma população pobre não consegue alcançá-los", diz Érico Arruda.
Ainda segundo médico, dos quatro mil pacientes que fazem o tratamento contra aids no hospital, pelo menos mil estão prejudicados pela falta do remédios, e alguns deles acabam sendo internados.
Com informações do G1 CE
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