O presidente da OAB/CE é acusado por advogados de tentar aliviar a pressão sobre o ex-governador, depois de delação da JBS.
O Ceará News 7 noticiou na quinta-feira (25) que o presidente da OAB/CE, Marcelo Mota, baixou portaria autorizando investigação do repasse de propina da JBS ao então governador do Ceará, Cid Gomes. O dinheiro teria sido usado na campanha política de 2014.
O presidente da OAB/CE, Marcelo Mota, e o ex-governador do Ceará, Cid Gomes |
Mas advogados inscritos na Ordem estão achando estranho que Marcelo tenha indicado três conselheiros de sua confiança para averiguar o caso. Entre eles, encontra-se Eduardo Pragmácio de Lavor Telles Filho, filho de sócio do advogado Hélio Leitão, “que recentemente estava à frente da Secretaria de Justiça do Governo do Estado”, como apurou a Revista Ceará.
Ainda segundo o site, “advogados afirmam que a referida nomeação é, no mínimo, inadequada para um trabalho que deve ser totalmente imparcial e que o presidente da Ordem fez questão de indicar três Conselheiros, ligados a sua pessoa, para manter o controle das investigações ao rolar do processo, livrando futuramente o ex-governador Cid Gomes”.
Entenda
Em delação à Operação Lava Jato, um dos donos da JBS, Wesley Batista, acusou Cid Gomes de ter pedido R$ 20 milhões em propina para serem usados na campanha de 2014. Segundo o empresário, esse valor só seria negociado após o ex-governador pagar R$ 110 milhões que devia à companhia, por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI).
O presidente da OAB/CE ainda é criticado por ter baixado uma portaria de investigação sobre o caso, depois de pressão da classe dos advogados, sem citar o nome do ex-governador cearense, tratando nominalmente apenas os envolvidos na delação da JBS no âmbito nacional.
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