A empresa Brasil Locações Ltda de propriedade do ex-deputado José Adail Carneiro Silva já recebeu da prefeitura de Fortaleza mais de meio bilhão de reais.
Veja ano a ano:
*PREF.MUN.FORTALEZA*
*BRASIL LOCACOES LTDA*
*CNPJ* *07.039.536/0001-60*
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Ano 2010 R$ 0,00
Ano 2011 R$ 5.118.085,25
Ano 2012 R$ 24.824.388,00
Ano 2013 R$ 41.711.018,76
Ano 2014 R$ 44.722.295,78
Ano 2015 R$ 51.721.294,43
Ano 2016 R$ 38.911.748,93
Ano 2017 R$ 41.957.044,45
Ano 2018 R$ 41.957.044,45
Ano 2019 R$ 56.744.170,48
Ano 2020 R$ 55.609.240,16
Ano 2021 R$ 54.551.219,95
Ano 2022 R$ 62.898.234,44
Ano 2023 R$ 36.572.360,61
*Consulta das despesas por CNPJ feitas no site de transparência da PMF.
Em 2021 por decisão emanada do juiz Danilo Fontenele, da 11ª Vara Federal de Fortaleza, o ex-deputado Adail Carneiro foi condenado a 9 anos e 9 meses de prisão por crime de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, direitos e valores. O regime da pena será fechado.
A investigação mirava o esquema de contratação de serviços de locação de veículos e motocicletas com desvio de dinheiro público, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro pelo grupo supostamente liderado por Adahil. De acordo com a Polícia Federal na época da deflagração da Operação, o esquema já movimentara cerca de R$ 600 milhões em licitações públicas. A PF informou que havia repasse de verbas públicas para as contas das empresas que utilizavam ‘laranjas’ para participarem de um mesmo certame, forjando uma concorrência fictícia.
“Durante esses quase 20 anos, três empresas têm vencido os processos licitatórios da prefeitura”, na contratação de aluguéis de veículos, disse o delegado Joelson.
Segundo ele, “por conta dos contratos, havia repasse de verbas públicas para as contas das empresas e identificamos que havia o saque em espécie. Essa empresa utilizava ‘laranjas’ para participarem de um mesmo certame, forjando uma concorrência fictícia. Uma delas vencia a licitação e era celebrado o contrato de locação de veículos”, explica.
Conforme as provas levantadas pela Polícia Federal durante a operação KM Livre 2, o ex-deputado havia ocultado R$ 2 milhões em espécie em diferentes cômodos de uma empresa ligada a seu nome. O dinheiro estava guardado em caixas de aparelhos de televisão. Adail foi apontado como chefe da organização criminosa pela PF.
Colaborando Marcos Medeiros
Espaço aberto para manifestações da prefeitura de Fortaleza e da empresa Brasil Locações Ltda
Complementação: Posteriormente o desembargador Roberto Machado, da 11ª Vara Federal do Ceará, revogou a prisão de Adail, afirmando que a manutenção do cárcere do ex-parlamentar “desvirtua o instituto da prisão preventiva, que, como se sabe, pressupõe cerceamento pleno do direito de locomoção”.
“Tal situação acarreta, na verdade, a admissão de verdadeira antecipação do cumprimento da pena sem a definição da responsabilidade criminal do acusado, notadamente pelo fato de, na espécie, tratar-se de réu tecnicamente primário, com bons antecedentes, cometimento de crime sem violência e sem apresentação de motivação concreta para fixação da medida extrema”, diz a decisão.
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