Horas antes de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), onde pode se tornar réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou um comunicado a apoiadores, classificando o processo como a “maior perseguição político-judicial da história do Brasil”. A mensagem, compartilhada em grupos de WhatsApp, é composta por 16 tópicos, nos quais Bolsonaro nega ter cometido qualquer crime.
“Conversei com auxiliares alternativas políticas para a Nação, mas nunca desejei ou levantei a possibilidade da ruptura democrática”, afirmou Bolsonaro. Ele descreve o processo legal como uma “aberração jamais vista”, criticando a duração de seis anos das investigações e as alegações de pressão para delações premiadas.
No dia do julgamento, Bolsonaro viajou a Brasília acompanhado de aliados para acompanhar a transmissão do evento. Além dele, outras sete pessoas são julgadas por possível participação na tentativa de golpe de Estado, sendo este o primeiro de quatro grupos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Me acusam de um crime que jamais cometi – uma suposta tentativa de golpe de Estado. Conversei com auxiliares alternativas políticas para a Nação, mas nunca desejei ou levantei a possibilidade da ruptura democrática. As mudanças nos comandos das Forças Armadas foram feitas sem problemas. Sempre agi nas quatro linhas da Constituição. Sempre!”, escreveu Bolsonaro.
Ele criticou a composição da turma do STF que o julga, mencionando “dois conhecidos desafetos meus e um terceiro elemento que foi advogado do meu adversário eleitoral em 2022”, referindo-se aos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin.
Bolsonaro também argumentou que sua ausência do país durante os ataques aos Três Poderes é prova de que não participou do esquema golpista. Ele destacou a realização de eleições durante seu mandato como evidência de democracia. “Todos os eleitos tomaram posse”, argumentou. “A democracia prevaleceu! Não houve golpe de Estado, o candidato adversário tomou posse, saí do País, não estava aqui no dia 8/1 e mesmo assim tentam me condenar. Sabem que se eu disputar a eleição presidencial de 2026 serei vitorioso e colocarei, novamente, o Brasil no rumo certo”, concluiu.
(Gazeta Brasil)
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