Presidente dos Estados Unidos está acompanhando junto a integrantes do governo americano os desdobramentos contra o ex-presidente.
A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada nesta sexta-feira (18), está sendo monitorada em tempo real pela Casa Branca. A informação foi reportada por veículos da imprensa internacional e confirmada pelo Conexão Política.
De acordo com fontes ouvidas sob reserva, integrantes do governo dos Estados Unidos acompanham os desdobramentos diretamente com o presidente Donald Trump. O ponto está na atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente nas decisões do ministro Alexandre de Moraes, responsável pela ordem de busca e apreensão e pelas medidas restritivas impostas a Bolsonaro.
Por decisão de Moraes, o ex-presidente terá que usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e aos fins de semana, além de estar proibido de manter contato com diplomatas, investigados e também com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Eduardo tem sido um dos principais articuladores de pressão internacional contra o STF. Segundo o The Washington Post, o parlamentar vem trabalhando com o governo Trump para que o ministro Alexandre de Moraes seja incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky — instrumento legal dos Estados Unidos utilizado para punir autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos ou atos de corrupção.
O jornal afirma que quatro fontes familiarizadas com as tratativas confirmaram o plano. Duas delas relataram ter visto uma minuta da ordem de sanções, que, segundo a publicação, foi rejeitada inicialmente pelo Departamento do Tesouro, mas permanece sob análise.
A articulação, segundo aliados de Bolsonaro, também mira o procurador-geral da República, Paulo Gonet, diante do avanço de investigações que envolvem o ex-presidente e seus aliados em processos por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Na quinta-feira (17), Trump divulgou uma nova carta dirigida a Bolsonaro. No texto, o presidente norte-americano afirma que o aliado sofre “ataques” de um “sistema injusto” e declara que está “observando de perto”. “Este julgamento precisa parar imediatamente”, escreveu Trump, em referência ao processo no STF.
Aliados de Bolsonaro disseram ao Conexão Política que o gesto de Trump já era esperado e vinha sendo negociado por Eduardo. Segundo interlocutores do deputado, a intenção foi reafirmar que apenas o grupo do ex-presidente brasileiro mantém canal direto de diálogo com a Casa Branca.
Trump já havia manifestado apoio explícito a Bolsonaro no início de julho, ao anunciar uma sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros vendidos ao mercado americano. A medida foi comunicada em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual o republicano criticou a “caça às bruxas” contra seu aliado no Brasil.
(Conexão Política)
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