Ministro fez piada durante definição das penas dos réus do núcleo 1.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma piada envolvendo futebol durante a definição das penas dos réus do núcleo 1, na ação penal sobre o suposto golpe de Estado, nesta quinta-feira (11).
Na ocasião, o magistrado ironizou a duração do voto do colega, Luiz Fux, apontando que quase perdeu o jogo do Corinthians contra o Athletico Paranaense pelas quartas de final da Copa do Brasil. As considerações de Fux levaram cerca de 12 horas e foram feitas na última quarta (10).
Nesse sentido, o relator disse ao ministro Flávio Dino, torcedor do Botafogo, que seria célere em suas ponderações para não fazer com ele “a maldade” que lhe fora feita no dia anterior.
– Prometo à Vossa Excelência [Flávio Dino] que não farei com Vossa Excelência a maldade que me fizeram ontem [quarta] de fazer eu perder quase 2/3 do jogo do Corinthians e o Athletico Paranaense. Eu cheguei em casa, já estava 2 a 0, para a minha felicidade, mas perdi aquele momento de felicidade dos dois gols. E para aqueles que não se recordam, eu fiz o ministro Flávio Dino vestir uma camisa do Corinthians no estádio, na Arena [Corinthians], junto com os dois filhos, que são corinthianos – afirmou, arrancando risadas da plateia.
– Isso. E a Dani [Daniela Lima, esposa de Dino], por conta dos filhos. Não foi por causa de Vossa Excelência não. E torça para o Botafogo hoje, por favor – respondeu Flávio Dino.
JORNALISTAS CRITICAM TOM “INADEQUADO”
Como mostrou o Pleno.News nesta sexta-feira (12), jornalistas da GloboNews manifestaram desconforto com o “tom jocoso” usado pelos ministros durante a fixação das penas. A análise aconteceu durante o programa Central GloboNews, na noite desta quinta.
– Não gostei do tom da definição das penas – pontuou Natuza Nery.
– Eu também. Natuza, eu ouvi até dentro do plenário, um incômodo, um mal-estar, com a questão de… A gente pode entender que os ministros estão no final do processo, tem um alívio naquilo, mas ficou quase um tom jocoso. E num momento em que se está condenando e decidindo quanto tempo de prisão as pessoas vão ter. Um ano de prisão na vida de uma pessoa é muita coisa – refletiu Ana Flor.
Veja a matéria completa aqui.
O julgamento condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (27 anos e três meses de prisão), o ex-ministro Walter Braga Netto (26 anos), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier (24 anos), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres (24 anos), o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno (21 anos), o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira (19 anos), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid (dois anos em regime aberto), além do deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (16 anos, um mês e 15 dias).
Fonte: Pleno News
 





















 
 
 
 
 
 
 
 
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