Um boato que circula nas redes sociais nos últimos dias afirma que a Receita Federal passaria a notificar, a partir de 2026, adultos que ainda moram com os pais. A informação é falsa.
O que aconteceu
A notícia enganosa dizia que o órgão tributário fiscalizaria as declarações de Imposto de Renda, mirando filhos que residem com os pais. O texto alegava que, com o uso de inteligência artificial e cruzamento de dados de contratos de aluguel, contas de consumo e informações bancárias, a Receita poderia identificar quem teria condições de se sustentar fora de casa, mas permanece morando com a família.
Segundo o boato, pais e filhos poderiam ser notificados em diferentes situações. Adultos com mais de 24 anos teriam de comprovar dependência financeira para continuar sendo declarados como dependentes. A publicação falsa ainda alertava que a não declaração poderia levar o contribuinte à malha fina e até a autuações por sonegação fiscal, além de risco de multas, juros e até pena de prisão em casos considerados mais graves.
A Receita Federal desmentiu toda essa narrativa em nota oficial. "Têm circulado nas redes sociais fake news, aparentemente impulsionadas por políticos que fazem oposição ao governo, que a Receita Federal irá notificar adultos que moram com os pais a partir de 2026", afirmou.
A Receita de fato vai fazer um cruzamento de dados imobiliários. O objetivo do governo, no entanto, é unificar informações de diversas bases de dados em um sistema único, eliminando a fragmentação atual que causa inconsistências e dificulta a fiscalização da Receita.
O órgão rejeitou qualquer relação com cobrança de aluguel ou dependência financeira. "A mentira tenta relacionar isso, de maneira confusa, com pagamentos de aluguel ou algo nesse sentido. Isso não existe, nem faz o menor sentido", diz a nota.
Na mensagem, a Receita reforçou que a circulação de boatos causa desinformação e insegurança. "Não caia em fake news, desconfie de quem mente pra você sem fundamento ou razão aparente, a não ser causar medo e desinformação", concluiu.
Fonte: Economia Uol
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