A recente alta de casos pode estar relacionada a um público mais amplo e heterogêneo nas academias, medidas de desempenho agressivas, uso indiscriminado de suplementos, falta de orientação e baixa constância em exames preventivos cardíacos. Embora os dados oficiais ainda sejam fragmentados, cardiologistas afirmam que o cenário chama atenção. “Temos percebido uma elevação discreta, mas real, nos registros”, afirmam cardiologistas e o CEO do Instituto de Coração em Fortaleza, Augusto Villela.
O médico observa que esses episódios, muitas vezes, são registrados de forma genérica nos boletins de ocorrência, dificultando a produção de estatísticas e investigações mais precisas.
Ainda assim, ele aponta condições que podem representar fatores de risco:
- Cardiopatia isquêmica oculta: pessoas com obstruções coronarianas, ainda não diagnosticadas, podem ter infarto súbito quando submetidas a esforço intenso.
- Miocardiopatias: alterações no músculo cardíaco, frequentemente genéticas, podem desestabilizar o ritmo em esforço abrupto.
- Arritmias primárias: condições como taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular podem se manifestar de modo fulminante.
- Uso de estimulantes e drogas: anabolizantes, termogênicos e substâncias estimulantes sobrecarregam o coração e elevam o risco.
- Sobrecargas mecânicas: saltos de intensidade abruptos no treino, sem aquecimento adequado, também podem ser gatilhos.
Para reduzir o risco de mortes súbitas em academias, Augusto Villela defende uma atuação conjunta entre alunos, profissionais de educação física e gestores.
Com informações do O Povo Online














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