O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (14) que o grupo Hamas deverá se desarmar conforme o plano de paz de 20 pontos proposto por seu governo — ou, caso contrário, os Estados Unidos agirão para desarmá-lo à força.
“Bem, eles vão se desarmar porque disseram que iriam se desarmar. E se não o fizerem, nós os desarmaremos”, declarou Trump a jornalistas durante um encontro com o presidente da Argentina, Javier Milei, na Casa Branca.
“Eu não preciso explicar isso para vocês, mas se eles não se desarmarem, nós os desarmaremos. Eles sabem que não estou brincando, certo?”
Trump também acusou o grupo palestino de mentir sobre o número de reféns mortos que ainda mantém em Gaza, após a entrega de quatro corpos na segunda-feira (13).
“Se eles não se desarmarem, nós os desarmaremos, e isso acontecerá rapidamente e talvez de forma violenta, mas eles vão se desarmar. Vocês entenderam?”, afirmou o presidente antes de um almoço bilateral no Salão do Gabinete.
“Eu falei com o Hamas e disse: ‘Vocês vão se desarmar, certo?’ ‘Sim, senhor, vamos nos desarmar.’ Foi isso que me disseram. Eles vão se desarmar, ou nós os desarmaremos. Entendido?”
Segundo Trump, o contato com o Hamas foi feito por meio de emissários. O republicano já havia recorrido a ameaças de uso da força em negociações anteriores — primeiro para obter a libertação de reféns americanos, e depois para forçar o grupo a aceitar um acordo de cessar-fogo.
As declarações ocorrem poucas horas após o retorno de Trump de uma viagem a Israel e ao Egito, onde comemorou o cessar-fogo mediado por seu governo entre o Estado judeu e o Hamas, encerrando dois anos de guerra.
O acordo de paz e os pontos em disputa
O acordo inicial prevê que o Hamas libere 20 reféns israelenses em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos e da retirada gradual das tropas israelenses, em três etapas.
Apesar de ter sido celebrado por líderes internacionais reunidos em Sharm-el-Sheikh, no Egito, o plano ainda tem vários pontos indefinidos, como:
- as etapas do desarmamento do Hamas,
- a formação de uma força internacional de paz, e
- a liderança de um governo de transição em Gaza.
Logo após o primeiro recuo israelense, o Hamas teria atacado facções rivais e executado oito homens acusados de colaborar com Israel.
Pelo acordo, Trump deve presidir um “Conselho de Paz”, encarregado de supervisionar o governo interino de Gaza. O território, com cerca de 2 milhões de habitantes, se tornaria uma zona econômica especial, com reconstrução financiada por países árabes.
Fonte: Gazeta Brasil
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