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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

CNH do Brasil: passo a passo para tirar carteira pelo app

Com curso teórico gratuito, menos aulas práticas e renovação premiando bons condutores, veja como usar o aplicativo CNH do Brasil para economizar na habilitação

Tirar a primeira carteira de motorista sempre foi, para muita gente, um sonho adiado pela conta no fim do mês. Matrícula em autoescola, aulas teóricas, aulas práticas, taxas do Detran, exames médicos e psicológicos: não era raro ver o valor total se aproximar de R$ 3 mil a R$ 5 mil, dependendo do estado.

Agora, o governo federal promete virar esse jogo com o programa CNH do Brasil. A nova plataforma digital substitui a antiga Carteira Digital de Trânsito e passa a concentrar todo o processo de habilitação: do curso teórico gratuito online ao acompanhamento das etapas até a emissão da CNH.

A estimativa oficial é reduzir o custo da primeira habilitação em até 80%, principalmente para as categorias A (moto) e B (carro).


1. O que muda com a CNH do Brasil

Pela primeira vez em décadas, o caminho para tirar a CNH deixa de passar, obrigatoriamente, pelas autoescolas. A nova resolução do Contran, já em vigor, e o aplicativo CNH do Brasil mudam a lógica da formação de condutores no país.

Entre as principais mudanças estão:


Fim da obrigatoriedade de autoescola

O candidato não é mais obrigado a fazer o curso teórico em um centro de formação de condutores. Quem quiser, continua podendo contratar uma autoescola – mas a escolha deixa de ser imposição.

Curso teórico gratuito e online

Todo o conteúdo teórico agora é oferecido de graça na plataforma CNH do Brasil, acessível pelo site do Ministério dos Transportes ou pelo aplicativo integrado ao Gov.br. Não há carga horária mínima obrigatória: o aluno estuda no próprio ritmo.

Aulas práticas reduzidas

A exigência mínima de aulas práticas caiu de 20 horas para apenas 2 horas de aula obrigatória. O estudante pode cumprir essa carga com um instrutor autônomo credenciado ou em uma autoescola.

Uso do próprio carro e instrutores autônomos

A lei autoriza o uso de veículo próprio nas aulas, desde que o acompanhamento seja feito por instrutor credenciado. O governo também criou a figura do instrutor autônomo, habilitado e fiscalizado pelos Detrans e integrado ao sistema da CNH do Brasil.

Fim do prazo de 12 meses para concluir o processo

O candidato deixa de ter um ano “cravado” para terminar todas as etapas. Agora, ele pode avançar conforme a própria realidade financeira e de tempo, sem perder o que já fez.

Na prática, o sistema passa a apostar mais na avaliação final – prova teórica e exame de direção – do que na quantidade de horas de aula.


2. Como fazer a nova CNH na prática: passo a passo

A jornada começa na tela do celular ou do computador, com o curso teórico online, e termina no Detran, com as provas e exames presenciais. Veja o caminho completo.


2.1 Curso teórico online e gratuito

1. Acesso ao site ou ao aplicativo

Entre no site do Ministério dos Transportes ou baixe o aplicativo CNH do Brasil na loja do seu celular. O app é a evolução da Carteira Digital de Trânsito e concentra documentos e serviços ligados à habilitação.

2. Login com conta Gov.br

Para acessar o conteúdo, é obrigatório fazer login com a conta Gov.br. É a mesma credencial usada em outros serviços digitais do governo.

3. Estrutura do curso

O curso é dividido em quatro módulos principais:
  • Sinalização – placas, cores e indicações de trânsito.
  • Escolhas e consequências – atitudes seguras ao volante e no dia a dia.
  • Segurança – princípios de direção defensiva.
  • Cuidado – preservação da vida e do meio ambiente.
Cada módulo tem quatro aulas. As duas do meio aprofundam o conteúdo; a última funciona como um teste para treinar o tipo de questão que aparece na prova teórica do Detran.

4. Certificado automático

Ao concluir os quatro módulos, o sistema gera automaticamente um certificado. O Detran do seu estado é avisado na hora, liberando o próximo passo da habilitação.

Além das aulas, a plataforma oferece material complementar e simulados, o que ajuda a revisar o conteúdo antes da prova oficial.


2.2 Cadastro no Detran e exames obrigatórios

Com o curso teórico concluído, chega a hora da parte presencial:


1. Abertura do RENACH

O candidato precisa procurar o Detran de sua cidade para abrir o Registro Nacional de Carteira de Habilitação (RENACH) e registrar seus dados biométricos (foto, assinatura, digitais).

2.Exames médico e psicológico

Os exames continuam obrigatórios, mas com preço teto nacional definido. A tendência é de redução média nos valores cobrados.

3. Prova teórica

A prova teórica segue o modelo tradicional: são 30 questões, e é preciso acertar pelo menos 20 para ser aprovado.

Só depois de passar por essas etapas é que o candidato pode partir para a parte prática.


2.3 Aulas práticas e exame de direção

A grande mudança dessa fase é a carga horária mínima, que caiu de 20 para 2 horas de aula obrigatória.


1. Mínimo de 2 horas de aula

Essas duas horas precisam ser registradas no RENACH, independentemente de serem feitas com autoescola ou com instrutor autônomo.

2. Escolha do instrutor

O candidato pode contratar uma autoescola tradicional ou escolher um instrutor autônomo credenciado ao Detran, listado em consulta pública integrada ao aplicativo CNH do Brasil. Em ambos os casos, é possível usar o próprio veículo nas aulas, desde que respeitadas as regras de segurança.

3. Prova prática

A prova de direção continua sendo o filtro final. O veículo pode ser fornecido pelo Detran ou pelo próprio candidato, conforme as regras de cada estado. O Manual Brasileiro de Exames de Direção Veicular será atualizado para padronizar os critérios da avaliação prática em todo o país.


2.4 E se eu reprovar?

O governo criou uma espécie de “segunda chance” sem custo extra para evitar a chamada “indústria da reprovação”.

Primeiro reteste gratuito

Se o candidato reprovar na primeira prova prática, tem direito a marcar uma nova tentativa sem pagar nova taxa.

Nova tentativa no mesmo dia

Se houver vaga e estrutura disponível, a segunda prova pode acontecer até no mesmo dia da reprovação.

A partir das tentativas seguintes, voltam a valer as regras de cobrança definidas por cada Detran.


2.5 PPD e CNH definitiva

Passando em todas as etapas (curso, exames e provas), o candidato paga apenas a taxa de emissão da Permissão para Dirigir (PPD).

Essa permissão é válida por 12 meses. Se o novo motorista não cometer infrações graves, gravíssimas ou reincidir em infração média durante esse período, a PPD é trocada pela CNH definitiva.


3. Renovação automática e gratuita para o “bom condutor”

Além de baratear a primeira habilitação, o governo editou a Medida Provisória do Bom Condutor. A ideia é premiar quem dirige bem, sem multas.

Funciona assim:

  • Motoristas que não tiverem infrações com pontuação nos últimos 12 meses podem ter a CNH renovada automaticamente, sem precisar ir ao Detran, sem exames e sem pagar taxas de renovação.
  • O benefício vale para quem está cadastrado no Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC). A adesão é feita pelo aplicativo CNH do Brasil ou pelo portal da Senatran.

Há, porém, alguns limites:

  • Condutores com 70 anos ou mais não têm direito à renovação automática.
  • Motoristas de 50 a 69 anos podem usar o benefício apenas uma vez.
  • Quem tiver condição de saúde que exija acompanhamento periódico continua obrigado a fazer exames presenciais.
Os prazos de validade da CNH continuam os mesmos: até 10 anos para quem tem menos de 50 anos, 5 anos entre 50 e 69, e 3 anos para quem tem 70 anos ou mais.

Importante: por ser uma Medida Provisória, o texto ainda precisa ser analisado pelo Congresso para virar lei em definitivo. Até lá, vale como regra, mas pode sofrer ajustes.


4. Um “centro de estudos” no bolso — mas com prova de verdade

Na prática, o programa CNH do Brasil transforma o celular em uma espécie de sala de aula portátil. O curso teórico gratuito funciona como uma série educativa: você entra na plataforma, assiste aos módulos no seu tempo, revisa o conteúdo com simulados e só então parte para a prova oficial.

Ao mesmo tempo, nada substitui as etapas presenciais:
  • exame médico e psicológico;
  • prova teórica no Detran;
  • aulas práticas registradas;
  • exame de direção final.
É como estudar pela internet e, depois, ir à “escola” fazer os testes que realmente valem. Para quem sempre adiou a carteira por causa do preço ou da falta de tempo para frequentar uma autoescola, a mensagem é clara: o caminho ficou mais digital, mais flexível e, segundo o governo, bem mais barato.

Antes de iniciar o processo, vale sempre checar as orientações do Detran do seu estado e os canais oficiais do Ministério dos Transportes, já que detalhes operacionais e prazos de adaptação podem variar.

Via portal Gazeta de São Paulo

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