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domingo, 19 de maio de 2024

Governo Lula tem déficit quase igual ao da pandemia

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem deficit nominal quase igual ao registrado na situação mais crítica da pandemia de covid-19. O impacto econômico provocado pelas enchentes no Rio Grande do Sul deve piorar a trajetória dos gastos públicos. Os programas sociais e a suspensão no pagamento da dívida do Estado vão aumentar a dívida bruta do governo, que em março foi de 75,7% do PIB (Produto Interno Bruto).

O resultado nominal considera o saldo das receitas e despesas da União e inclui o pagamento dos juros da dívida bruta. O Congresso aprovou uma medida apresentada pelo governo para excluir os gastos com o Rio Grande do Sul do cálculo das principais regras fiscais, por exemplo do marco fiscal sancionado em agosto de 2023. Portanto, as despesas com o RS não serão contabilizadas na meta de resultado primário, que exclui o pagamento dos juros da dívida.

Mesmo assim, a expansão de gastos fora das regras fiscais vai aumentar a dívida pública. No Boletim Focus, do Banco Central, os analistas do mercado financeiro aumentaram a projeção de 79,75% (estimativa da semana anterior) para 80% do PIB. Com a sinalização do Copom (Comitê de Política Monetária) em cortar a Selic em 0,25 ponto percentual, será mais caro custear os juros da dívida.


A mediana das estimativas também piorou para os anos seguintes:

  • 2025: de 76% para 76,15% do PIB;
  • 2026: de 77,5% para 78% do PIB;
  • 2027: de 75% para 76% do PIB.
Dados do Banco Central mostram que o deficit nominal do Brasil foi de R$ 998,6 bilhões no acumulado de 12 meses até março. O patamar de resultado nominal mais baixo (infográfico abaixo) foi em janeiro de 2021, quando atingiu R$ 1,016 trilhão.

O governo anunciou também a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul e de municípios do Estado por 3 anos. Isso resultará em impacto de R$ 23 bilhões no período.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que, desse valor, R$ 11 bilhões são por causa do adiamento e R$ 12 bilhões, do não pagamento de juros.

Além disso, o governo liberou R$ 12 bilhões em créditos extraordinários na MP (Medida Provisória) 1.218 de 2024. No total, R$ 35 bilhões foram anunciados fora das regras fiscais.

O governo também estuda programas para beneficiar diretamente a população do Estado. Ainda não há estimativas sobre o custeio. Portanto, não há definição de qual será o custo total para mitigar os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul.

As enchentes no Rio Grande do Sul terão impacto negativo sobre o crescimento econômico do Estado e, consequentemente, do país. Isso também resutará em relação dívida-PIB pior do que a esperada anteriormente. O Poder360 mostrou que as chuvas podem reduzir o ritmo de crescimento do PIB em até 0,4 ponto percentual neste ano.

O Banco ABC Brasil disse que os gastos projetados de 0,2% do PIB parecem ser “subestimados”. Disse que o furacão Katrina custou cerca de 1% do PIB dos EUA à época. “É mais um fator de risco a tensionar as preocupações com o quadro fiscal no Brasil – principalmente em termos de dinâmica da dívida e credibilidade do arcabouço fiscal”, disse relatório do banco.

A agência de risco Moody's disse que o aumento de gastos torna as metas fiscais do país mais desafiadoras. Aumentou de 0,5% para 0,75% do PIB (Produto Interno Bruto) a projeção de deficit primário da União. O rombo nominal será de 6,7% do PIB, segundo o documento, acima do 6,2% projetados anteriormente.

A Moody’s havia anunciado em 1º de maio deste ano a mudança de “estável” para “positiva” a perspectiva da nota Ba2 do Brasil.

A agência escreveu: “As despesas de emergência testarão a capacidade do governo central para fazer face às necessidades de despesas adicionais, ao mesmo tempo que tenta alcançar a consolidação fiscal”. Afirmou, porém, que o pacote fiscal é significativamente menor que o adotado na pandemia, de 8% do PIB de gastos, com deficit de quase 12% do PIB.

“O efeito das inundações nos gastos emergenciais relacionados às contas fiscais e à trajetória da dívida do Brasil ainda são administráveis”, disse o relatório.

A Moody’s estima um resultado fiscal melhor em 2024 que em 2023, mas avalia que o governo terá de “abordar outras medidas para alcançar as metas fiscais nos anos seguintes”. “As enchentes sem precedentes no Rio Grande do Sul ressaltam a importância de prosseguir na consolidação fiscal e redução da rigidez dos gastos para manter reservas fiscais”, escreveu.

O economista Gabriel Leal de Barros disse ao Poder360 que é “questionável” o governo ter retirado os gastos com o Rio Grande do Sul do cálculo das metas de resultado primário. Segundo ele, o aporte de recursos da União não tem questionamentos sobre o mérito, mas a forma que está sendo feita.


CRÍTICAS E RESPOSTA

Os ex-presidentes do Banco Central Pérsio Arida (1995) e Pedro Malan (1993-1995) criticaram a política fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pérsio defendeu que o tripé macroeconômico está “manco” por causa da gestão de gastos do governo.

Em resposta, Haddad declarou que o país convive com 10 anos de deficit no Brasil. Disse que houve rombo de R$ 2 trilhões em uma década. “Isso não favorece um crescimento maior da economia brasileira. O que está garantindo o crescimento econômico é justamente nós fazermos o que nós estamos fazendo, recompondo a base fiscal do Estado brasileiro que foi erodida ao longo desses anos”, disse o ministro.

Haddad falou que o governo também ataca as renúncias fiscais e as distorções do sistema tributário. “Nós herdamos uma situação difícil”, declarou. “O projeto de lei orçamentária do governo anterior já previa um deficit da ordem de R$ 138 bilhões, [com] R$ 63 bilhões explícitos e mais um tanto implícito, pelo fato de não ter considerado despesas que estavam contratadas”, completou.

Também em resposta às críticas dos ex-presidentes do Banco Central, Haddad disse que a carga tributária aumentou de 26% para 32% do PIB no período do Plano Real. Afirmou que houve um “esforço terrível” da sociedade para conseguir estabilizar a moeda.

ndagado se o governo conseguirá cumprir a meta de zerar o deficit primário em 2024, Haddad respondeu que vai “perseguir” esse objetivo. Disse que a “disciplina vai continuar” e que vai interagir com o Judiciário e Legislativo em torno do “pacto pelas contas públicas”.

“Nós já somos a 9ª economia [global]. Estamos atraindo mais uma vez investimentos. Sem desconsiderar as dificuldades do momento e os desafios que estão colocados, eu sou uma pessoa otimista em relação ao Brasil”, declarou Haddad.

Via Folha do Estado

Criado no governo Dilma, fundo para desastres não funciona até hoje

O Funcap, Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil, embora exista, nunca foi ativado, apesar de um decreto presidencial ou legislativo ser suficiente para tal.
Criado em 1969, o Funcap nunca foi implementado. Uma lei subsequente, destinada a lidar com a alocação de fundos públicos para desastres, revogou o decreto do Funcap em 2010. No entanto, em 2012, uma nova lei modificou a de 2010 e reintroduziu o Funcap, cujo papel foi aprimorado por outra legislação em 2014.

O propósito do Funcap é assegurar recursos e simplificar as transferências da União para prevenir, socorrer e reconstruir cidades e estados após desastres, como o que ocorreu no Rio Grande do Sul recentemente. Segundo informações do UOL, ainda é necessária uma lei específica para tornar o Funcap operacional.

“A regulamentação tem ocorrido de maneira fragmentada, através de várias alterações legislativas, mas ainda é necessário mais para que o fundo funcione efetivamente”, afirma a advogada Fernanda Damacena, especialista em direito de desastres.

A maneira como o Funcap distribuirá os fundos para os estados, o Distrito Federal e os municípios precisa ser detalhada em uma nova lei. Também será necessário regulamentar a criação de um Conselho Diretor, que irá monitorar, fiscalizar e aprovar a prestação de contas do fundo.

O governo ainda está estudando a regulamentação. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil “continua em negociações com outros ministérios que possuem fundos em suas estruturas (…) com o objetivo de estudar a melhor forma de regulamentação do Funcap”, informou o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

O dinheiro do Funcap viria principalmente do orçamento da União, doações de indivíduos e empresas e multas por crimes ambientais. Com o fundo regulamentado, estados e municípios também criariam seus próprios fundos para receber o dinheiro do Funcap.

O Funcap poderia acelerar a reconstrução de cidades após desastres ambientais. A União leva em média 39 dias para enviar dinheiro para ajuda emergencial, 102 dias para o envio de verba para restabelecer os serviços e 173 dias para emitir a ordem bancária para reconstruir a cidade.

O fundo também garantiria mais dinheiro para socorro. A verba enviada pela União para resposta imediata aos desastres tem sido insuficiente para metade das Defesas Civis municipais, independentemente do governo de turno.

“Esse fundo existe e está sendo aprimorado, mas não tem uma regulamentação que o torne uma realidade”, diz Damacena.

A regulamentação pode partir do presidente ou do Congresso. “O caminho mais rápido é um decreto presidencial”, diz Damacena. “O problema é que decretos podem ser revogados por outro presidente.”

O Congresso também pode sugerir um decreto legislativo. Se aprovado em plenário, o texto não precisaria de sanção presidencial. Mas a forma mais segura — e demorada — é a aprovação de um projeto de lei, com necessidade de votação na Câmara e Senado e sanção do presidente.

O Funcap poderia centralizar as doações e evitar fraudes. A medida daria transparência a esses recursos, já que há suspeita de golpe por meio de doações para diferentes chaves Pix na tragédia do Rio Grande do Sul.

“O fundo seria uma forma de organizar todo esse processo: traria transparência e agilidade na entrega do dinheiro”, afirma Damacena.

Depois das enchentes no RS, a Câmara votará nove projetos de prevenção a desastres na semana que vem. A maioria deles aguarda votação desde a década passada. “Somos ótimos em criar leis depois de desastres, mas não fiscalizamos o que fizeram com elas e, sem regulamentação, a lei não tem eficácia”, diz Damacena, que mora no RS.

O Parlamento historicamente destina pouca verba a desastres. As emendas parlamentares para prevenir e recuperar desastres em 2024 não passou de R$ 59,2 milhões até o início de maio, 0,13% dos R$ 44,7 bilhões em emendas reservadas a senadores e deputados, revelou o jornal Valor Econômico. “Mas depois da tragédia, eles direcionaram R$ 600 milhões para o Rio Grande do Sul. Por que não enviaram antes para prevenção?”, questiona a especialista.

De fato, o poder público gasta quase o triplo com impactos de desastres do que em prevenção. Como mostrou o UOL, a União repassou R$ 11,1 bilhões nos últimos dez anos para gerir as crises causadas por desastres naturais. Esse valor é quase o triplo dos R$ 4 bilhões que foram desembolsados no mesmo período para prevenir essas mesmas tragédias, informa levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União).

Via Terra Brasil Notícias

sábado, 18 de maio de 2024

STF tira do ar site de Transparência do Governo após jornal questionar

Nesta sexta-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) tirou do ar o portal de transparência que apresentava informações sobre gastos com passagens, diárias, funcionários, contratos e prestação de contas.

O portal saiu do ar depois que a Folha de S. Paulo questionou justificativas de pagamentos de diárias de funcionários para viagens internacionais.

A corte disse que “está em processo de atualização da ferramenta de gerenciamento dos sistemas de dados utilizados, que não eram atualizados desde 2015”.

Ainda não há previsão de quando voltará ao ar. As informações são da Folha.

AO ASSUMIR PETROBRAS, MAGDA CHAMBRIARD TERÁ AUMENTO SALARIAL DE 1.000%

Indicada pelo governo Lula para a presidência da Petrobras, a engenheira Magda Chambriard terá um aumento substancial de salário quando assumir o comando da petrolífera.

Atualmente, Magda trabalha como diretora da assessoria fiscal da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com salário bruto mensal de R$ 13,1 mil.

Já como presidente da Petrobras, a engenheira terá remuneração mensal bruta de R$ 133,1 mil, um aumento de 1.024% em relação ao salário que recebia na assembleia.

Além dos vencimentos da Alerj, a renda de Magda é composta ainda pelos rendimentos de uma consultoria na área de óleo e energia, da qual a engenheira é sócia.

Fonte: Igor Gadelha – Metrópoles

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Ministro André Mendonça nega salvo-conduto contra eventual prisão de Bolsonaro

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou contra um pedido de salvo-conduto para evitar uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. O placar está em 7 a 0 contra Bolsonaro no STF, com Mendonça acompanhando os demais colegas da Corte. Ainda faltam os votos de Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes.

Quanto aos votos já proferidos contra o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente, temos o relator do caso, ministro Nunes Marques, seguido por Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin, Flávio Dino e André Mendonça. Com isso, já existe maioria contrária ao pedido.

Alexandre de Moraes não participa da votação, pois está impedido de julgar nesse caso devido a ser relator de inquéritos sobre os ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

O julgamento do habeas corpus ocorre no plenário virtual e teve início na última sexta-feira (10). Os ministros que ainda não votaram têm até as 23h59 de hoje para divulgar sua decisão no site do STF.

André Mendonça foi indicado por Bolsonaro ao STF, sob o argumento de que a Corte precisava de um integrante “evangélico”. Antes de ingressar na Suprema Corte, Mendonça ocupou os cargos de chefe do Ministério da Justiça e da Advocacia-Geral da União (AGU) no governo Bolsonaro.

No final de março, Nunes Marques, também indicado por Bolsonaro à Corte, já havia negado o pedido em decisão monocrática. Naquela ocasião, o ministro avaliou que não havia qualquer “ilegalidade evidente” na investigação contra Bolsonaro que justificasse um habeas corpus. O advogado autor do salvo-conduto, Djalma Lacerda, recorreu, e o caso foi submetido ao plenário virtual, alegando que Bolsonaro corria o risco de ser preso a qualquer momento.

Via Terra Brasil Notícias

Petrobras perde R$ 44 bilhões em valor de mercado em 2 dias

Nesta 5ª feira (16.mai), as ações preferenciais encerraram com redução de 2,84%, enquanto os papéis ordinários fecharam com queda de 1,82%.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) continuam em queda depois da demissão de Jean Paul Prates da presidência na 3ª feira (14.mai.2024), com uma perda em valor de mercado de cerca de R$ 44 bilhões em 2 dias. 

Na 4ª feira (15.mai), a empresa perdeu cerca de R$ 9 bilhões, chegando ao total R$ 498,4 bilhões. No dia anterior, a baixa foi de R$ 35,3 bilhões, fechando em R$ 507,7 bilhões para o mercado.

Nesta 5ª feira (16.mai), as ações PETR4 encerraram em R$ 37,31, com redução de 2,84%. Já os papéis ordinários (PETR3) fecharam com queda de 1,82%, cotados a R$ 39,20.


CHAMBRIARD É INDICADA PARA PRESIDÊNCIA 

A demissão de Prates foi comunicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite da 3ª feira (14.mai). Segundo a Petrobras, a mudança se tratou de um “pedido de demissão negociado”. 

Magda Chambriard irá assumir o cargo deixado por Paul Prates. Ela é engenheira química e civil e tem sua carreira iniciada na Petrobras em 1980.

Chambriard foi cedida à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em 2002. Tornou-se diretora da ANP em 2008. Em 2012, chegou à diretoria-geral da agência no governo Dilma Rousseff (PT). 

A indicação da engenheira será submetida aos procedimentos internos da estatal, incluindo análises de conformidade e integralidade estabelecidos pela companhia.

Fonte: Poder 360

Após 12 dias internado, Bolsonaro recebe alta médica

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica na manhã desta sexta-feira (17) após 12 dias internado em São Paulo para tratar uma infecção na pele causada por bactérias e um desconforto abdominal.

Bolsonaro cumpria agenda em Manaus (AM) quando começou a passar mal. O ex-presidente foi transferido para o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde estava desde então.

Nas redes sociais, Bolsonaro saudou os seguidores e publicou uma foto com os médicos Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo e o Leandro Echenique, além de dizer que estava seguindo para Brasília.

(Diário do Poder)

quinta-feira, 16 de maio de 2024

AliExpress afirma que se o Brasil aprovar PL "terá maior tributação sobre importados do mundo”

O AliExpress advertiu que o Brasil terá a maior tributação do mundo sobre produtos importados por e-commerce, caso o Programa Mover seja aprovado com o texto que versa sobre o tema. A empresa chinesa afirma que a taxação será de 92% e impactará, sobretudo, as camadas mais pobres do país. As informações são do portal Pleno News.

– A mudança terá grande impacto, principalmente na população mais pobre, que utiliza as plataformas de e-commerce internacional para acessar uma rica variedade de bens a preços acessíveis – alertou a empresa de varejo online.

O Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) foi criado pelo deputado Atila Lira (PP-PI), que afirma visar uma isonomia tributária entre os produtos brasileiros e os importados.

Apesar da pressão de uma ala governista contrária ao artigo que derruba a isenção de impostos para compras internacionais online, Atila Lira negou que irá retirar o texto da proposta, e garantiu que o programa só será votado junto do trecho.

– Tirar [o artigo] eu não tiro. A gente só vota se for tudo junto. Não vamos votar o Projeto Mover se a gente não resolver a questão da indústria nacional. Mesmo que não tenhamos 100% das bancadas, a gente consegue aprovar o projeto – previu.

Em sua nota, o AliExpress disse ainda que o texto não impedirá que pessoas viagem para o exterior e comprem produtos isentos de imposto no valor de até R$ 5 mil a cada 30 dias. A empresa também declarou que está disponível para deliberações.

– Assim como fez desde o início do debate sobre taxação de produtos importados, o AliExpress permanece disponível e colaborativo com o governo brasileiro e outros setores envolvidos para trabalharem juntos, levando em consideração quem mais importa, o consumidor brasileiro. Entende-se que o debate sobre a tributação de compras internacionais necessita de uma discussão mais aprofundada, ouvindo todos os lados envolvidos – completou.

MINISTRO bloqueia recursos de mãe investigada; família em crise financeira

Alexandre de Moraes bloqueia recursos de Rieny Munhoz, mãe paulista investigada, deixando-a sem sustento para o filho.
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o bloqueio dos recursos alimentares de Rieny Munhoz Marcula Teixeira, uma moradora de São Paulo, usados para sustentar seu filho de 12 anos. Na conta social da mulher estava o valor mensal que ela recebe do Bolsa Família e do Auxílio Gás, que agora seguem retidos devido à decisão.

Embora Rieny figure como investigada nos eventos de 8 de janeiro, ainda não existe processo judicial nem acusação formal contra ela. Apesar disso, ela já foi detida e teve suas contas congeladas, ficando agora sem acesso a sua única fonte de renda.

com Gazeta do Povo

Lula está surpreso "com tanta gente negra" no Rio Grande do Sul

Declaração foi dada durante discurso para anunciar medidas de auxílio ao estado gaúcho.
O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, transformou pronunciamento oficial no Rio Grande do Sul para anunciar medidas em prol da recuperação do estado em um discurso para atacar opositores, cercado por uma plateia de apoiadores que gritavam e cantavam em sua homenagem. Até aí nada novo.

Mas o presidente cometeu mais um deslize que vai entrar para a ‘lista histórica de suas pérolas’ e que seria capaz de colocá-lo em confusão com a militância do politicamente correto. Ele admitiu estar surpreso com as pessoas negras no estado gaúcho, mostrando desconhecimento sobre a população do estado.

“Eu falei para a Janja, é impressionante, eu não tinha noção que no Rio Grande do Sul tinha tanta gente negra. Eu falei não é possível. E a Janja falou é porque são os mais pobres e moram nos lugares mais arriscados de ser vítima dessas coisas”.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Rio Grande do Sul tem 146 comunidades quilombolas. O Censo do IBGE de 2022 detalha que o Rio Grande do Sul tem uma população de quase 710 mil pessoas autodeclaradas pretas e 1,6 milhão de pessoas autodeclaradas pardas.

Via Diário do Poder

Toffoli rejeita queixa-crime que pede prisão de Alexandre de Moraes

Dias Toffoli, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento a uma representação que pedia a prisão do também ministro Alexandre de Moraes. A queixa-crime, assinada pelo advogado Tiago Pavinatto em nome da família de Cleriston da Cunha, conhecido como Clezão, alegava abuso de autoridade, maus-tratos, tortura e prevaricação por parte de Moraes, com penas que poderiam somar até 31 anos de prisão.

Clezão, que foi detido durante eventos de 8 de janeiro e morreu em novembro de 2023 na Papuda após complicações de saúde, teve uma manifestação favorável à sua soltura pela Procuradoria-Geral da República dois meses antes de seu falecimento, o que não foi apreciado por Moraes, relator da ação sobre os atos antidemocráticos.

Ao analisar o caso, Toffoli destacou que a conexão entre a ação de Moraes e o falecimento de Clezão era especulativa: “O juízo hipotético que se realiza deve ser rigoroso, sob pena de se incorrer responsabilização criminal a partir de nexo causal especulativo. Mesmo que tivesse sido apreciado o pedido de liberdade provisória, não necessariamente teria sido revogada ou concedida a prisão domiciliar e, ainda, não necessariamente teria sido evitado o falecimento de Cleriston.”

Toffoli também abordou a reavaliação da prisão de Cleriston, que segundo Pavinatto, não ocorreu dentro do prazo de 90 dias conforme determina o Código de Processo Penal. Toffoli lembrou que a falta de reavaliação não implica automaticamente na revogação da prisão preventiva, conforme entendimento prévio do Plenário do STF.

Concluindo, o ministro classificou a petição contra Moraes como “panfletária”, “amparada unicamente em ilações e acusações infundadas, com breves intersecções com a realidade e despida de fundamentação jurídica correlata aos fatos e provas”.

Além deste caso, Toffoli também é relator de outro incidente envolvendo Alexandre de Moraes relacionado a uma confusão no Aeroporto Internacional de Roma, envolvendo o empresário Roberto Mantovani, que nega agressão contra Alexandre Barci, filho de Moraes. O vídeo do incidente, solicitado para liberação por Mantovani e já em posse do STF, permanecerá em sigilo por determinação de Toffoli.

(Hora Brasília)

Lula diz querer viver 120 anos e disputar mais dez eleições

Nesta quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que deseja viver até os 120 anos e que este é um pedido que ele faz para “o homem lá de cima”. No discurso, feito durante sua terceira visita ao Rio Grande do Sul, o petista também demonstrou o desejo de continuar na Presidência por muitos anos.

– Eu vou viver até 120 anos. Eu já falei para o homem lá em cima: “Não estou a fim de ir embora, me deixa aqui”. Porque eu ainda penso em disputar umas 10 eleições. Ia de bengala disputando eleição.

Lula esteve em São Leopoldo para anunciar uma série de medidas para os gaúchos que perderam suas casas por conta das enchentes que castigaram o estado.

Entre os planos do governo federal está a compra assistida de imóveis usados dentro do padrão do programa Minha Casa, Minha Vida. Imóveis que estejam em processo de leilão da Caixa ou Banco do Brasil também serão utilizados para realocar as famílias.

Além disso, o governo promete o repasse de R$ 5,1 mil a todas as famílias diretamente afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

(Pleno News)

Leite é detonado por comentário: "Muitas doações do Brasil = menos venda no comércio local"

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tem enfrentado uma onda de críticas nas redes sociais após afirmar que as doações feitas por brasileiros para ajudar a população gaúcha, afetada por enchentes devastadoras, podem dificultar o "reerguimento do comércio" no estado. As enchentes já resultaram em 149 mortes e causaram imensos danos materiais. As informações são da Folha do Estado.

Em entrevista à Rádio Band News FM, Leite explicou: "Pedi à nossa equipe aqui que ajude a estruturar ferramentas e canais para que aquelas pessoas que queiram fazer doações possam fazer essas doações também ajudando o comércio local, que está impactado. Na verdade, quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao estado, há um receio sobre o impacto que isso terá no comércio local. O reerguimento desse comércio fica dificultado na medida em que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares do país".

A declaração gerou um intenso debate online, com muitos usuários das redes sociais acusando o governador de desvalorizar a solidariedade nacional. "Muitas doações do Brasil = menos venda no comércio local. A preocupação do governador Eduardo Leite neste momento", publicou o jornalista GugaNoblat no Twitter, acompanhado de um vídeo do comentário do governador. A postagem rapidamente viralizou, sendo citada em mais de 60 mil tweets e tornando-se um dos tópicos mais comentados na seção de Política.

Diante da repercussão negativa, Eduardo Leite utilizou seu perfil no Instagram para pedir desculpas, esclarecendo que houve um mal-entendido. "Em nenhum momento, eu tive a menor intenção de inibir ou desprezar as inúmeras doações que o Brasil e o mundo estão fazendo para ajudar nosso Rio Grande do Sul numa grande reconstrução. Entre tantas preocupações que a tragédia nos traz, traz também a situação dos nossos pequenos comerciantes", afirmou.

O governador admitiu que misturou a "questão das doações" com a situação dos comerciantes locais. "As últimas semanas têm sido brutais para todos nós, e ninguém está livre de errar. Portanto, meu mais sincero pedido de desculpas pela confusão que possa ter causado no entendimento de algumas pessoas", concluiu no vídeo.

A situação ilustra a complexidade e a sensibilidade envolvidas na gestão de crises humanitárias, onde a solidariedade e o apoio popular se tornam essenciais, mas também demandam uma atenção equilibrada aos diversos impactos socioeconômicos regionais.

terça-feira, 14 de maio de 2024

Governo Lula suspende dívida do Rio Grande Do Sul com a união por 3 anos

O Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na tarde desta segunda-feira (13) que enviará um projeto de lei complementar (PLC) ao Congresso Nacional para suspender a dívida do Rio Grande do Sul (RS) por 3 anos (36 meses). Já são 147 mortos, 127 desaparecidos e 806 feridos por causa dos temporais que atingem o Estado desde o final de abril. As informações são do portal Gazeta do Brasil

O texto ainda vai propor que, neste mesmo período, os juros que incidem sobre o estoque da dívida sejam zerados.

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, isso vai liberar R$ 11 bilhões para um “fundo contábil” que será investido na reconstrução de estado. O plano será elaborado pela equipe do governo estadual.

Agora, caberá ao Congresso Nacional se debruçar sobre o projeto de lei complementar. Caso a medida seja aprovada, os R$ 11 bilhões em recursos financeiros estarão disponíveis ao estado, podendo ser utilizados nos próximos 36 meses.

No término do período de 3 anos, os juros serão anistiados, totalizando uma renúncia adicional de R$ 12 bilhões por parte da União, que originalmente seriam arcados pelo estado. Com isso, o pacote anunciado totaliza R$ 23 bilhões.

Produtores estranham importação milionária (e desnecessária) de arroz

A estranhíssima medida provisória do presidente Lula autorizando a milionária importação de arroz surpreendeu a Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), que representa 6 mil produtores. A compra está a cargo da Conab, empresa pública de abastecimento dirigida por Edegar Pretto, radical petista ligado ao MST. “Inexiste risco de desabastecimento”, garante a entidade, citando a projeção da safra 2023/2024 estimada em suficientes 7.150 toneladas.

Sem justificativa

Mesmo dificuldades com escoamento da produção, em razão das estradas interditadas, “serão brevemente superadas”, diz a Federarroz.

Dinheiro a rodo

A MP de Lula autoriza comprar 1 milhão de toneladas, para alegria dos importadores. Já reservou R$416 milhões a para 104 mil toneladas.

Desnecessária

Para o vice-presidente da Comissão de Agricultura, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), a MP do Arroz é “intempestiva e desnecessária”.

O problema

“O governo precisa resolver o problema do escoamento do produto e da emissão da nota fiscal para o transporte”, cobra o parlamentar.

(Diário do Poder)

segunda-feira, 13 de maio de 2024

CCJ analisa castração química para criminosos sexuais

Autoria é do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).
Na agenda da Comissão de Constituição e Justiça do Senado para esta quarta-feira (15), estão previstas análises de sete projetos sobre segurança pública e combate à criminalidade. Um desses projetos é de autoria do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que propõe a implementação da castração química voluntária para reincidentes em crimes de estupro e violação sexual mediante fraude.

O texto original sofreu modificações no parecer apresentado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA). A reunião está agendada para ter início às 10h. Coronel retirou no relatório a possibilidade de castração física – descrita como uma “intervenção cirúrgica de efeitos permanentes” – do texto original do projeto. Além disso, o relator sugere um acréscimo de um ano nas penas mínimas para esses delitos.

A avaliação do projeto ocorrerá exclusivamente na CCJ. Caso obtenha aprovação, seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados.

(Diário do Poder)

domingo, 12 de maio de 2024

Morre deputada federal Amália Barros, aos 39 anos

Parlamentar estava internada desde o dia 1 de maio, para fazer uma cirurgia de retirada de um nódulo no pâncreas.
Na noite de sábado, dia 11 de maio, o cenário político brasileiro foi abalado com a triste notícia do falecimento da deputada federal Amália Barros, aos 39 anos de idade. A informação foi confirmada por Jair Bolsonaro em um comunicado enviado via WhatsApp a seus aliados durante a madrugada de domingo.

A deputada, que ocupava a vice-presidência do PL Mulher e era próxima da primeira-dama Michelle Bolsonaro, encontrava-se internada em estado grave na UTI do hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Desde o início de maio, Amália lutava contra complicações decorrentes de uma intervenção cirúrgica para a retirada de um nódulo no pâncreas.

No decorrer de sua internação, Amália passou por procedimentos médicos, incluindo uma radiointervenção, mas infelizmente seu estado de saúde não apresentou melhoras significativas. O último boletim médico, divulgado na sexta-feira, já indicava a ausência de previsão para sua alta hospitalar.

Eleita com o apoio de Michelle Bolsonaro para seu primeiro mandato em 2022, Amália Barros mantinha laços estreitos com a família presidencial, sendo seu rancho no Mato Grosso frequentemente visitado pelo ex-presidente. Além disso, era casada com o empresário e influenciador Thiago Boava.

A notícia do falecimento da deputada foi lamentada não apenas pelo círculo político mais próximo, mas também por outros líderes, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Flávio Bolsonaro. A partida de Amália Barros deixa uma lacuna no cenário político e é recebida com pesar por todos que a conheciam e admiravam seu trabalho.


Lei Amália Barros

Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos, após uma infecção por toxoplasmose. Ela se submeteu a 15 cirurgias, mas em 2016 precisou remover o olho e passou a usar um globo ocular.

Em 2019, foi protocolado no Congresso Nacional um projeto de lei intitulado “Lei Amália Barros”. O PL conferia a portadores de visão monocular os mesmos direitos e benefícios das pessoas com deficiência.

Aprovado na Câmara e no Senado, o texto foi sancionado pelo então presidente Bolsonaro em março de 2021 e alterou o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Amália Barros lutou pelo projeto e, em 2022, elegeu-se deputada federal com 70 mil votos, tendo o apoio de Michelle Bolsonaro. No parlamento, ela destinava especial atenção às pautas de inclusão.


Michelle: “Acredito em milagre”

Michelle Bolsonaro chegou a comentar a gravidade do estado de saúde de Amália Barros neste sábado, durante um evento do partido em Aracajú, capital de Sergipe. No decorrer do discurso, ela pediu orações para Amália.

“Nós cremos no milagre muito grande na vida da Amália. Ela já passou por 15 cirurgias pra não perder o globo ocular. Perdeu o rim nessa estrada, lutando pela vida. E eu creio que Deus está no controle de todas as coisas. Creio que ela vai sair muito mais forte dali porque ela está lutando para viver. Ela é forte, e eu peço que vocês orem por ela. Para que ela tenha vida para continuar a missão dela”, disse a ex-primeira-dama.

Via Folha do Estado

Onze ministros viram alvo do Congresso por má conduta na tragédia do RS

Já são 11 os ministros de Lula dos quais deputados exigem explicações sobre má conduta no enfrentamento ao desastre no Rio Grande do Sul causado pelas chuvas. Em pior situação está o ministro da Propaganda, Paulo Pimenta (Secom), que acionou a Polícia Federal para investigar cidadãos e parlamentares por críticas em redes sociais. São seis pedidos de convocação e um de informação. Pimenta acabou complicando Ricardo Lewandowski (Justiça), que soma cinco pedidos de convocação.

Boca suja

Pimenta ainda tem que explicar fala sobre “botar pra f* com eles” em reunião sobre as enchentes no Rio Grande do Sul.

Explica, Marina

Marina Silva (Meio Ambiente) também está na lista de convocação para explicar impactos ambientais e as ações tomadas em resposta à crise.

Purificadores para Gaza

Sobrou para o chanceler de enfeite Mauro Vieira explicar o envio de purificadores de água para a Gaza enquanto o Sul precisa de socorro.

Só atrapalha

Deputados também querem que Rui Costa (Casa Civil) explique conduta da ANTT, que barrou e multou caminhões com doações ao Sul.

(Diário do Poder)

sábado, 11 de maio de 2024

Brasília pelo Sul arrecada mais de 100 toneladas de donativos ao RS

Primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, participa de evento que arrecada doações para o Rio Grande do Sul.
A campanha Brasília pelo Sul já arrecadou mais de 100 toneladas de alimentos para as vítimas das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Os itens foram entregues nesta quinta-feira (9) pela primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, na Base Aérea de Brasília em 10 caminhões e três vans.

A primeira-dama ressaltou a força da solidariedade da população da capital. Ela avalia que a quantidade de itens arrecadados mostra que o Distrito Federal demonstra mais uma vez que quando a população se une em torno de uma causa, consegue fazer a diferença. “Mostramos que não existem fronteiras para a empatia e a solidariedade. Em menos de uma semana, temos essa doação expressiva”, afirmou Mayara, que coordena, por meio da Chefia-Executiva de Políticas Sociais, as ações do Comitê de Emergência criado pelo GDF para organizar o auxílio aos gaúchos.

Durante a entrega, a primeira-dama lembrou a necessidade de os itens doados estarem em bom estado. “O importante é se colocar no lugar de quem vai receber. Doação não é descarte. Doe aquilo que você usaria, não doe roupa suja ou rasgada”, enfatiza Mayara.

O tenente-coronel Moraes, subcomandante da Base Aérea de Brasília, ressalta a participação da população do DF na arrecadação. De acordo com ele, tudo o que é recebido é separado e enviado à medida em que é solicitado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, que avalia o que é mais necessário e também como serão armazenados e distribuídos.

“Hoje somos um facilitador e enviamos o que foi arrecadado pelo modal aéreo. Em cinco dias, arrecadamos (na Base Aérea) mais de 500 toneladas, número que deve dobrar hoje com a arrecadação do GDF”, avalia o subcomandante.

A entrega dos itens arrecadados contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e Polícia Penal.

O Comitê de Emergência Brasília pelo Sul foi criado pelo governador Ibaneis Rocha na última terça-feira (7). Integram o grupo as secretarias de estado, órgãos e agências públicas, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa), Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), e serão convidados também para compor a equipe representantes de associações e federações da sociedade civil, do Tribunal de Contas do DF e da Câmara Legislativa do DF (CLDF). Todas as ações são coordenadas pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais.

Orientações para quem quiser doar

Quem tiver interesse em ajudar a população do Rio Grande do Sul, pode levar as doações para os pontos de coleta nos grupamentos do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), nas administrações regionais, nas estações do Metrô e na Base Aérea de Brasília.

Neste momento, os itens de primeira necessidade são água, roupas, agasalhos, cobertores e alimentos não perecíveis de fácil consumo, como leites e biscoitos. As roupas devem ser separadas e identificadas por tamanho e tipo, e os calçados amarrados para que não se percam durante a separação e envio das doações.

A aposentada Lindinalva Braga Costa, de 77 anos, mora em Taguatinga e se uniu aos filhos e vizinhos para arrecadar itens que podem ajudar à população afetada pelas inundações no RS.

“Juntamos roupas, toalhas, alimentos como biscoitos. Temos que estar unidos sempre. É hora de todo mundo estar conscientizado que pode acontecer com todos nós”, observa a aposentada que foi à Base Aérea entregar as doações.

(Diário do Poder)

sexta-feira, 10 de maio de 2024

ANÁLISE DE "SAIDINHA" É ADIADA, E PRESOS IRÃO SAIR NO DIA DAS MÃES

O Congresso Nacional adiou nesta quinta-feira (9) a análise do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à lei que restringe a saída temporária de presos, a “saidinha”, para o dia 28 de maio. A decisão ocorreu após um acordo com a oposição. Em troca, o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a Lei de Segurança Nacional, de 2021, também foi postergado para o mesmo dia.

O veto de Lula a dois trechos da lei da “saidinha” abre espaço para a permissão de visita à família e a realização de atividades para o retorno ao convívio social. Sem a derrubada do veto, alguns detentos poderão usar do benefício no Dia das Mães. Estarão aptos os que estejam no regime semiaberto, apresentem bom comportamento e já tenham cumprido ao menos um sexto da pena.

A DISCUSSÃO

Para fundamentar o veto parcial, Lula ouviu os Ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial e a Advocacia-Geral da União (AGU). Segundo a Presidência, a revogação da visita familiar causaria “o enfraquecimento dos laços afetivo-familiares que já são afetados pela própria situação de aprisionamento”. Houve apoio de entidades como CNBB e OAB.

Houve forte resistência inicial pelo acordo por parte do líder da minoria no Congresso, Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Essa proposta já tinha sido feita pelo senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) na última quarta (8) e havia sido recusada pela oposição.

– Tem mais um feriado de Dia das Mães no próximo domingo, mais um feriado que centenas de presos podem finalmente ir às ruas, podendo ir pela última vez. Como posso fazer um acordo? – indagou Flávio, que não queria o adiamento da votação.

– Qual o motivo de retirar da pauta alguns dos vetos elencados? Para dar um tempo necessário para a busca da convergência – disse o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), justificando também outros adiamentos feitos.

Antes da aprovação do projeto, a autorização era dada aos detentos que tivessem cumprido ao menos um sexto da pena, no caso de primeira condenação, e um quarto, quando reincidentes. As “saidinhas” ocorrem até cinco vezes por ano e não podem ultrapassar sete dias. A lei aprovada pelo Congresso só mantém a “saidinha” para o caso de condenados inscritos em cursos profissionalizantes ou que cursem os ensinos médio e superior, somente pelo tempo necessário para essas atividades.

O texto aprovado por deputados e senadores também prevê a exigência de exames criminológicos para progressão de regime penal e monitoramento eletrônico dos detentos que passam para os regimes semiaberto e aberto. O exame avalia “autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade”.

*AE

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